Equipe de escola estadual leva Alagoas à final da Olimpíada Nacional em História do Brasil

A dedicação e o talento de três estudantes da Escola Estadual Professor Edmilson Vasconcelos Pontes, localizada no bairro do Farol, em Maceió, levaram Alagoas ao topo da 17ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). A equipe “Divas de Palmares”, formada por Heloísa Maria De Melo Felinto, Mayra Ketely Batista da Silva e Ritha de Kassia Silva Barros Tourinho conquistou a melhor pontuação do estado e garantiu vaga na fase final da competição, que acontecerá nos dias 30 e 31 de agosto, no campus da Unicamp, em Campinas (SP).
Em 2025, mais de 760 equipes se inscreveram na olimpíada em Alagoas.
Com um desempenho expressivo, a equipe alcançou 87% de aproveitamento na sexta fase e acumulou 93% de pontuação total. Dentre mais de 225 mil inscritos de todo o país, apenas os melhores foram selecionados para a etapa presencial em São Paulo. Por este desempenho, as “Divas de Palmares” terão as passagens para a final custeadas pela organização da ONHB — um reconhecimento ao esforço e à excelência demonstrados ao longo das etapas classificatórias.
Divas dos Palmares
Sob a orientação da professora Vanieire Santos Oliveira Ramos, as jovens alagoanas encaram o feito como resultado de esforço coletivo, perseverança e confiança mútua. “No início, a gente não queria participar de novo porque já tinha tentado antes e não passado de fase. Mas a professora insistiu, acreditou na gente — e foi quando tudo aconteceu”, relembra Ritha.

Para Mayra, a experiência foi transformadora. “Foi minha primeira vez participando e eu jamais imaginava estar vivendo isso. A professora Vanieire viu potencial em nós, mesmo quando a gente mesma não via. Isso fez toda a diferença”, disse. Ela também destaca o impacto da competição: “A ONHB é um desafio enorme. Exige estudo, dedicação e muito trabalho em equipe”.
As “Divas” relatam que o processo de preparação foi intenso. Após a jornada em uma escola de tempo integral, elas continuavam os estudos à noite, resolvendo questões, pesquisando e discutindo em grupo. “Tinham momentos de riso, de desentendimento, mas sempre de aprendizado. A gente aprendeu a confiar umas nas outras”, resume Ritha.
As alunas veem na conquista uma afirmação do potencial e dos talentos da rede pública. “A gente está aqui para mostrar que também é possível para uma escola pública ter sucesso em uma olimpíada do porte da ONHB . Basta oportunidade e incentivo”, declara Mayra.
Heloísa reforça o orgulho de representar o estado. “Estar entre as equipes finalistas leva um peso: é Alagoas que estamos levando com a gente. É gratificante, mas também dá medo. A responsabilidade é grande. Vamos seguir tentando, porque agora a gente sabe que é possível. Se não for medalha este ano, pode ser no próximo”, conclui Heloísa.
Desempenho da Escola
Desde 2023, a professora Vanieire Oliveira vem conduzindo um trabalho pedagógico diferenciado, baseado em encontros semanais, leitura crítica, discussão de textos e aprofundamento em temas históricos que extrapolam os conteúdos tradicionais.
“O desempenho das alunas este ano foi surpreendente, ainda mais considerando que duas delas nunca haviam participado da ONHB”, observa a professora. “Foi um ano em que o nível de dificuldade aumentou significativamente, com mudanças no formato das questões. Mesmo assim, elas mantiveram o engajamento até o fim e chegaram à final com uma das melhores pontuações do país”, complementa.
O protagonismo das alunas também é reflexo do legado de equipes anteriores. Em 2024, a escola conquistou quatro medalhas de ouro, duas de prata, uma de bronze e duas medalhas de cristal. O excelente desempenho chamou a atenção do CNPq, que concedeu bolsas de pesquisa a estudantes da instituição. “Eles estão desenvolvendo uma pesquisa sobre a ditadura civil-militar em Alagoas, com análise de fontes e bibliografia especializada”, informa Vanieire.
Olimpíada Nacional
A ONHB é promovida pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), da Associação Nacional de História (Anpuh) e do CNPq. A competição envolve seis fases online com atividades interdisciplinares, como geografia, literatura, arqueologia e patrimônio cultural.
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