Corpo de Juliana Marins é enterrado em Niterói

Por G1 04/07/2025 16h04
Por G1 04/07/2025 16h04
Corpo de Juliana Marins é enterrado em Niterói
Corpo de turista brasileira - Foto: Rafael Nascimento/g1 Rio

O corpo da publicitária Juliana Marins foi enterrado na tarde desta sexta-feira (4) no Cemitério Parque da Colina de Pendotiba, em Niterói, Região Metropolitana do RJ - cidade onde a jovem que morreu na Indonésia morava.

A jovem morreu após cair em uma trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, e o corpo só foi resgatado quatro dias depois. Antes do enterro, o corpo foi velado no mesmo cemitério: das 10h às 12h, o público pôde prestar as últimas homenagens. Das 12h30 até as 15h, o acesso foi restrito a familiares e amigos próximos.

A família da publicitária chegou ao local por volta das 10h20.

“Vocês não sabem o que estou sentindo por dentro”, disse emocionado Manoel Marins, pai de Juliana.


O pai da publicitária informou que a família desistiu da cremação. A intenção inicial era cremar o corpo de Juliana, mas a decisão foi revista para possibilitar uma eventual autópsia no futuro. A Justiça já tinha autorizado o procedimento.

"Pedimos ao juiz, por meio da Defensoria Pública, para que a Juliana pudesse ser cremada. Mas o juiz tinha dito não pois é uma morte suspeita, talvez, não sei se o termo é esse. Então ela teria que ser enterrada caso precisasse fazer uma exumação futura."

"Agora de manhã, quando eu acordei, fui surpreendido com a informação de que a Defensoria havia conseguido que ela fosse cremada. Mas já tínhamos decidido mesmo pelo sepultamento. Então ela vai ser sepultada."

Manoel afirmou que a família gosta de turismo de aventura e contou que, enquanto ele e Estela estavam na Chapada Diamantina, Juliana estava na Indonésia. Relatou que, na Chapada, nos trechos mais difíceis, havia cordas e o auxílio de guias, e que o mesmo deveria ter ocorrido na Indonésia.



"Lá na Chapada, nos locais difíceis, tem corda, e o guia nos ajuda. Isso deveria acontecer na Indonésia. Estou citando o Brasil, como país de terceiro mundo como a Indonésia.”

Ele agradeceu o trabalho dos voluntários, falou sobre as limitações da Defesa Civil local (Bassarnas) e afirmou que o país precisa reavaliar os protocolos de segurança em trilhas.

"Agradecemos muito aos voluntários. Pois eles que chegaram até a Juliana. Um país como a Indonésia, que vive do turismo, precisa rever seus protocolos para que outras julianas não venham a perder a vida."

"Eles [Bassarnas] têm boa vontade, eles têm muita vontade, mas eles não têm recurso. Inclusive, se os voluntários não tivessem chegado, é bem provável que Juliana não fosse resgatada. Porque o pessoal da Defesa Civil de lá conseguiu chegar até 400 m. Juliana estava a 600. Aqueles últimos 200 m só foram alcançados pelos voluntários."

Manoel reiterou o agradecimento ao povo brasileiro pela mobilização, afirmando que, graças a esse apoio, a família conseguiu algumas respostas.

"Eu quero, como eu já disse antes, agradecer ao povo brasileiro, que se mobilizou, e através da mobilização do povo brasileiro é que nós conseguimos ter algumas respostas. Ainda não todas, ainda precisamos de respostas. Algumas só virão depois desse segundo exame de necropsia que foi feito, cujo resultado ainda não saiu."