Padrasto e mãe de menino de 2 anos morto são indiciados por homicídio qualificado, em Maceió

Por Redação 24/06/2025 16h04 - Atualizado em 24/06/2025 17h05
Por Redação 24/06/2025 16h04 Atualizado em 24/06/2025 17h05
Padrasto e mãe de menino de 2 anos morto são indiciados por homicídio qualificado, em Maceió
Rhavy Abraão Alves de Lima - Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito que investiga a morte do menino Rhavy Abraão Alves de Lima, de apenas 2 anos, ocorrida em maio deste ano no bairro Riacho Doce, em Maceió. Após a análise do laudo do Instituto Médico Legal (IML), foi confirmado que a criança morreu em decorrência de uma ruptura no fígado causada por agressão. Com base nas provas reunidas, o padrasto e a mãe da criança foram indiciados por homicídio qualificado.

Inicialmente, o caso foi tratado como uma morte clínica, já que o corpo do menino não apresentava marcas externas de violência. No entanto, o exame cadavérico revelou que a causa da morte foi uma pancada forte nas costas, o que motivou a reclassificação do caso como homicídio. O padrasto foi preso logo após a divulgação do laudo, pois era a única pessoa com a criança no momento da agressão e não conseguiu justificar os ferimentos. Ele negou o crime durante depoimento.

Na ocasião, a mãe de Rhavy alegou que havia saído de casa e, ao retornar, encontrou o filho desacordado. Segundo ela, foi informada pelo companheiro de que o menino não estava respirando. Ao ver uma viatura da Polícia Militar, pediu socorro imediato. Apesar de inicialmente não ser investigada, a mulher passou a ser considerada coautora do crime após o avanço das apurações. De acordo com a Polícia Civil, ficou comprovado que ela também teve responsabilidade pela morte do filho.

O delegado Emanuel Rodrigues, responsável pelo caso, informou que a mãe relatou ainda que, na semana anterior à morte, levou Rhavy a duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Em uma, o menino foi diagnosticado com um quadro clínico simples, e, em outra, surgiu a suspeita de hidrocefalia, o que levantou questionamentos sobre o histórico de saúde e possíveis sinais anteriores de maus-tratos.

O inquérito foi finalizado e já foi encaminhado ao Poder Judiciário. O casal responderá por homicídio qualificado.