Dia Mundial do Doador de Sangue: conheça a história da alagoana que já salvou mais de 100 vidas ao doar sangue no Hemoal

A mulher tem o poder de gerar e salvar vidas. Foi baseada neste raciocínio, que a servidora pública Edileuza Campos, de 59 anos, começou a doar sangue no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), no ano de 2010. Neste 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue, após uma década e meia de voluntariado, ela continua fiel em seu propósito, trazendo no coração o sentimento de já ter salvo 104 vidas. Isso porque, 26 doações sanguíneas já foram realizadas e, cada uma delas, atendeu quatro pacientes que necessitavam de transfusão.
Trazendo consigo um semblante de realização e felicidade, por ter conseguido salvar mais de uma centena de pessoas, Edileuza Campos diz que seu único arrependimento é não ter iniciado o processo de doação de sangue há mais tempo. A servidora pública relata que começou a doar sangue quando já tinha 44 anos de vida, porque anteriormente, mesmo tendo uma saúde de ferro, nunca havia sido tocada por esta causa tão nobre.
A virada de chave para se tornar voluntária ocorreu quando um colega de trabalho, que estava em tratamento de câncer, precisou receber transfusão sanguínea. Convocada para doar sangue, ela diz que ainda teve receio, mas, diante do risco de ver o colega de trabalho perder a vida, resolveu deixar o medo de lado e compareceu à Unidade Trapiche do Hemoal Maceió, onde o medo se transformou em esperança.
"Há ditado que diz ser melhor aprender pelo amor do que pela dor. Eu não estava sofrendo, mas, o sofrimento do meu colega de trabalho, que corria risco de morrer por conta de um câncer, me fez abrir os olhos para um gesto nobre, simples e que não me custaria nada, diante da sua grandiosidade. No Hemoal eu senti que a gente pode realmente salvar a vida do próximo, que pode ser um desconhecido, amigo ou familiar, que o sentimento de poder doar, é melhor do que receber", relata Edileuza Campos, emocionada.
Desde então, a servidora pública carrega na mente a recordação de ter salvo o colega de trabalho, que concluiu o tratamento e se curou do câncer. Mas, mais que isso: Edileuza Campos afirma ter se tornado uma pessoa melhor, porque, foi em meio ao risco de perder uma pessoa querida, que ela assumiu a missão de se transformar em uma heroína e, a partir de então, já salvou mais de uma centena de vidas, ao transforma-se em doadora de sangue fidelizada.
"Me tornei doadora de sangue diante de um episódio de dor e sofrimento. Comecei a praticar esse gesto nobre para salvar alguém que eu conhecia e convivia, mas, desde então, repito para familiares, amigos e conhecidos que doar sangue é um dos gestos mais nobres que existem, porque o sangue não se compra em farmácias, como os demais medicamentos", enfatiza Edileuza Campos, que é casada e mãe de três filhos.
Exemplo Nobre
Considerada no Hemoal como doadora de sangue padrão ouro, Edileuza Campos é um exemplo a ser seguido por cada alagoano que tem boa saúde, entre 16 a 69 anos de idade, peso mínimo de 50 quilos, mas, que nunca doou, seja por desconhecimento ou medo. Para se ter ideia, menos de 2% dos alagoanos com estas características é doador fidelizado de sangue, o que faz o Hemoal atuar quase sempre com estoque de sangue crítico, o que coloca em risco a vida de centenas de pacientes.
Para a diretora do Hemoal, médica hematologista Verônica Guedes, a história de Edileuza Campos deve servir de inspiração para que outros alagoanos se tornem doadores fidelizados de sangue. "São alagoanos como Edleuza que nos ajudam a manter o estoque de sangue estabilizado para atendermos a demanda transfusional das maternidades e hospitais diariamente. Neste Dia Mundial do Doador de Sangue é preciso que reflitamos, porque enquanto estamos saudáveis, aproveitando nossas famílias, muitas pessoas estão correndo risco de vida e aguardando por uma transfusão, seja porque se acidentaram, foram vítimas de um ato de violência ou estão acometidas por doenças como a Leucemia", reflete a especialista.
Critérios para Doação de Sangue
Os interessados em doar sangue devem ter boa saúde, idade entre 16 e 69 anos e peso mínimo 50 quilos. Eles também devem comparecer ao posto de coleta alimentados e portando um documento de identidade oficial e original com foto. Quanto às pessoas que tenham tido hepatite após os 11 anos de idade, doença de Chagas, sífilis, hepatite ou sejam portadoras do vírus HIV.
Mulheres ficam impedidas de doar sangue se estiverem grávidas ou amamentando e, para repetir o procedimento, é estipulado um prazo de três meses para elas e de dois meses para os homens. É preciso evitar a ingestão de alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ter feito o uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas que antecedem a prática do gesto voluntário. Também é necessário ter dormido pelo menos 8 horas na noite anterior e, no caso de ter feito tatuagem, maquiagem definitiva, micropigmentação ou colocado piercing, é preciso aguardar um ano para doar sangue.
Caso esteja com sintomas de gripe ou resfriado, o voluntário não deve se candidatar à doação de sangue. O recomendado é doar sangue antes de se vacinar contra a Covid-19 ou a Influenza, mas, caso já tenha se imunizado, é necessário respeitar um intervalo. No caso da vacina contra a Influenza, o impedimento temporário é de dois dias, assim como deve ocorrer no caso da vacina CoronaVac, destinada à Covid-19. Já se os imunizantes contra o novo coronavírus foram da AstraZeneca, Pfizer, Pfizer Bivalente ou Janssen, o intervalo deve ser de 7 dias.
Postos de Coleta de Sangue
Além das coletas externas de sangue, o Hemoal conta com postos fixos, situados na capital e no interior do Estado. Em Maceió, o voluntário pode comparecer às unidades Trapiche ou Via Expressa, de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e aos sábados, das 7h às 17h. Há também a Unidade Farol, no Hospital Veredas, que funciona às terças-feiras, das 7h às 17h.
Já no interior, as doações de sangue podem ser feitas em Arapiraca, na Unidade Eldorado, situada na rua Floriano Peixoto, próxima à Escola Alternativa. A Unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e também aos sábados, das 7h às 17h. Há também o Hemoal Coruripe, que funciona às quintas-feiras, das 9h às 16h.
"É com postos de coleta fixos na capital e no interior, a exemplo de Arapiraca, que atuamos todos os dias para mantermos nosso estoque estabilizado e atendemos às unidades de saúde que precisam realizar transfusões, seja no Litoral ou Sertão do Estado. Para isso atuamos com uma equipe técnica treinada e comprometida, que tem como missão salvar vidas", ressalta a gerente do Hemoal Arapiraca, Amilka Couto.
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