Amanhecer no Sertão brilha com temática sensível e é campeã do Festival de Quadrilhas de Arapiraca

Por Redação, com Assessoria 09/06/2025 10h10
Por Redação, com Assessoria 09/06/2025 10h10
Amanhecer no Sertão brilha com temática sensível e é campeã do Festival de Quadrilhas de Arapiraca
Quadrilhas juninas em Arapiraca - Foto: Clayton Souza/Ascom Arapiraca

Uma noite memorável para todas aquelas pessoas que tiveram o prazer de acompanhar de perto o segundo dia de apresentações das quadrilhas estilizadas, realizadas no Ginásio da Faculdade Uninassau, em Arapiraca.

E para ditar o ritmo junino, a quadrilha matuta Arroche o Nó, do bairro Jardim Esperança, fez todas as honras com uma apresentação tradicional, repleta de magia e regionalidade. O mestre Brito homenageou o seu antecessor, o marcador Davi, durante “pisoteio” realizado.

No casamento matuto, toda a história foi interpretada em Literatura de Cordel, uma marca do regionalismo nordestino.

“Um show à parte. A quadrilha Arroche o Nó veio com uma pegada tradicional, com equilíbrio entre os passos, cadenciada e com requintes do regionalismo do nosso povo nordestino. Um casamento matuto nunca visto antes, com a Literatura de Cordel rememorada em cada verso das suas personagens. Parabéns a todos(as) pelo trabalho realizado nesta noite”, destacou a secretária Municipal de Cultura, Lazer e Juventude, Monica Nunes.

Dando continuidade ao Festival de Quadrilhas Juninas de Arapiraca, a primeira a se apresentar foi a Estrela do Mac, da cidade de Delmiro Gouveia, com o espetáculo “Porãnguá – O homem romanceiro”. Ela deu vida à lenda amazônica do boto-cor-de-rosa: um homem que sai dos rios para galantear as mulheres durante os festejos juninos e ao seu término, ele retorna aos rios em sua forma original.

Rachel de Queiróz foi a homenageada da Junina Dona Ciça, neste domingo. O livro “O Quinze” inspirou os passos, a ornamentação e vestimentas dos quadrilheiros, que retrataram as dificuldades enfrentadas por um casal de nordestinos durante a seca de “1915”. A viagem à cidade de Fortaleza, capital cearense, as perdas dos filhos e todos os aspectos ocasionados pela falta d’água foram colocadas em “cena” durante a apresentação da junina arapiraquense.

“Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Ao contrário dessa métrica, a quadrilha “Amanhecer no Sertão”, da capital alagoana, foi intensa e vibrante em sua apresentação. E com a temática “Até que a morte nos separe: você não está sozinha”, foram mostradas ao público presente no Ginásio da Uninassau, todas as formas de violência doméstica contra a mulher, fazendo com que a personagem agredida abrisse seus olhos e tomasse coragem para denunciar o seu agressor. Uma temática sensível e atual, que levou a plateia ao delírio.

Fechando as atividades da noite, a “Tradição Junina”, do município arapiraquense, apresentou o espetáculo “Aysú na Tradição é amor”, uma história de lendas e mitos. O raro encontro entre o sol e a lua, em um casamento incomum, mas repleto de amor. A junina mostrou, ainda, a pressão sofrida por tribos indígenas para a venda de suas terras aos “coronéis”.

No momento mais esperado da noite, venceu a junina que levou a temática mais sensível ao “palco”, e que nos passos de seus quadrilheiros, encantou a plateia com ritmo, cadência e magia, a “Amanhecer no Sertão”.

Além do prêmio de melhor quadrilha, ela levou, também, os prêmios de “Melhor Casal de Noivos” e “Melhor Rainha”.

Confira, abaixo, como ficou a premiação do Festival de Quadrilhas Juninas de Arapiraca:

– Melhor quadrilha: Amanhecer no Sertão (Maceió);
– Segunda colocada: Estrela do MAC (Delmiro Gouveia);
– Terceira colocada: Gonzagão (Arapiraca/Baixão).
– Melhor Rainha: Stephanie Rodrigues – Amanhecer no Sertão;
– Melhor Marcador: Eduardo Portuga – Renascer no Sertão (Arapiraca/Manoel Teles);
– Melhor Casal de Noivos: Michaelly Vieira e Thiago Umbelino – Amanhecer no Sertão.