Baleado em comício, pré-candidato à presidência da Colômbia está internado em ‘estado gravíssimo’ após cirurgia

Por Redação, com g1 09/06/2025 08h08
Por Redação, com g1 09/06/2025 08h08
Baleado em comício, pré-candidato à presidência da Colômbia está internado em ‘estado gravíssimo’ após cirurgia
Miguel Uribe é baleado - Foto: Reprodução

O senador Miguel Uribe, pré-candidato à presidência da Colômbia, está internado em estado gravíssimo após sofrer um atentado a tiros em Bogotá, no sábado (7).

Uribe foi baleado na cabeça durante um comício e passou por uma cirurgia na madrugada. Seu estado de saúde é de "máxima gravidade", segundo o hospital.

Um adolescente de 15 anos foi detido como suspeito de ter feito os disparos.

Apoiadores do senador saíram às ruas de Bogotá para protestar e manifestar solidariedade ao político.

Uribe é neto de um ex-presidente e filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín.

Os médicos que o atenderam afirmaram que o pré-candidato foi atingido na cabeça e no joelho e chegou ao hospital em "estado crítico".

Em comunicado nesta manhã, o hospital afirmou que ele foi operado na cabeça e na coxa esquerda e levado à UTI.

A esposa de Uribe, Maria Claudia Tarazona, afirmou que a cirurgia do marido "correu bem", mas disse que "cada hora é crítica".

"Miguel saiu da cirurgia e sobreviveu. Cada hora é uma hora crítica. Ele travou sua primeira batalha e correu bem", disse Tarazona.

A Fundação Santa Fé de Bogotá, hospital para onde o político foi levado, afirmou em nota que o político foi admitido em "estado crítico" e passou por um "procedimento neurocirúrgico e vascular periférico". Até a última atualização desta reportagem, o hospital não havia informado se ele seria submetido a um novo procedimento.

Como foi o ataque a Miguel Uribe

O ataque aconteceu durante um evento de campanha em um parque no bairro Fontinbón, em Bogotá.

Segundo um comunicado do partido de Uribe, o Centro Democrático, homens armados atiraram pelas costas do político. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Uribe coberto de sangue e sendo socorrido por apoiadores.

A Procuradoria-Geral, responsável pela investigação do atentado, informou que o senador foi atingido por dois tiros e que outras duas pessoas também ficaram feridas. No local do ataque, um adolescente de 15 anos foi apreendido com uma arma de fogo.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou a abertura de investigações sobre o caso.

"Miguel está lutando por sua vida neste momento", escreveu a esposa do senador, María Claudia Tarazona, na conta dele na rede social X, durante a madrugada.

O governo colombiano condenou o ataque:

"O Governo Nacional condena de forma categórica e veemente o ataque que recentemente visou o Senador Miguel Uribe Turbay. Este ato de violência constitui um atentado não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia", diz a publicação no X.

"Um ato de violência inaceitável", escreveu o partido Centro Democrático.

Em nota, o Itamaraty lamentou o episódio e disse que o governo brasileiro repudia "qualquer forma de violência".

"O governo brasileiro condena firmemente o ataque contra o senador Miguel Uribe Turbay, em Bogotá, na Colômbia, no final da tarde de ontem (7). O Brasil saúda a pronta detenção do suspeito pelas autoridades colombianas e confia na plena apuração do caso", disse o Itamaraty, em comunicado.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também condenou o atentado: "Os Estados Unidos condenam nos termos mais fortes possíveis a tentativa de assassinato do senador colombiano Miguel Uribe, que foi baleado em Bogotá neste sábado".

Nos últimos 50 anos, ocorreram três atentados fatais contra candidatos presidenciais na Colômbia. Em 1989, Luiz Carlos Galán, que disputava as eleições pelo Partido Liberal Colombiano; em 1990, contra Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez, fora as tentativas de assassinato do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.