Homem é flagrado empurrando corpo do avô morto em cadeira de rodas para pedir dinheiro à pedestres

Por Redação com G1 08/06/2025 17h05
Por Redação com G1 08/06/2025 17h05
Homem é flagrado empurrando corpo do avô morto em cadeira de rodas para pedir dinheiro à pedestres
Neto empurrava avô morto em cadeira de rodas no Centro de Manaus - Foto: Divulgação

Um caso chocante ocorrido no Centro de Manaus ganhou grande repercussão neste fim de semana. Um homem foi detido após ser flagrado empurrando o corpo do próprio avô, já sem vida, em uma cadeira de rodas pelas ruas da capital amazonense. A Polícia Civil do Amazonas investiga o caso.

De acordo com testemunhas, o homem empurrava o idoso pela Avenida Eduardo Ribeiro enquanto pedia dinheiro aos pedestres. A cena chamou a atenção de comerciantes e transeuntes, que estranharam a imobilidade do idoso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito ainda no local. A perícia indicou que o idoso já estava morto há várias horas, apresentando rigidez cadavérica.

Em depoimento à Polícia Civil, o neto alegou que teria saído com o avô para tentar realizar um empréstimo com o objetivo de comprar alimentos e produtos de higiene para ambos, pois estaria desempregado e cuidava sozinho do idoso. A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apura se o suspeito chegou a entrar em alguma agência bancária com o corpo.

Segundo familiares, o idoso, de 77 anos, sofria de diversas comorbidades, incluindo hipertensão, diabetes, problemas renais e fazia uso de bolsa coletora. Um dos filhos da vítima relatou à polícia que não via o pai desde novembro do ano passado, período em que o avô teria sido levado de casa pelo neto.

O delegado Adanor Porto, responsável pelo caso, informou que o inquérito ainda está em andamento e outras testemunhas serão ouvidas. Ele ressaltou que, se for confirmado que o idoso já estava morto quando retirado da residência, o suspeito poderá responder por vilipêndio de cadáver ou estelionato.

A perícia preliminar não apontou sinais evidentes de maus-tratos, mas laudos complementares irão confirmar as causas exatas da morte. A Polícia Civil reforçou que as investigações prosseguem independentemente da situação jurídica do suspeito, que permanece sob custódia enquanto o caso é esclarecido.