Farmacêutico é preso em operação contra venda ilegal de medicamentos e falsificação de atestados em Maceió

Por Redação 07/05/2025 16h04
Por Redação 07/05/2025 16h04
Farmacêutico é preso em operação contra venda ilegal de medicamentos e falsificação de atestados em Maceió
Material apreendido - Foto: Reprodução/ Polícia Civil

Um proprietário de farmácia no bairro Benedito Bentes, em Maceió, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (7), durante a Operação Delivery, que investiga uma organização criminosa especializada na venda de drogas sintéticas na capital alagoana. A ação foi coordenada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), com apoio da Vigilância Sanitária de Maceió.


Segundo a polícia, o empresário é suspeito de vender medicamentos controlados ilegalmente, entre eles o rohypnol. No local, também foram apreendidos carimbos falsificados e receituários médicos adulterados. Os documentos estavam em nome de um médico que não autorizou o uso de sua identificação profissional.

“Ele emitia e comercializava atestados médicos falsos, utilizando o nome de um médico que sequer sabia da existência desses documentos. A prática foi confirmada com a apreensão de material falso no estabelecimento”, afirmou Igor Diego, diretor da Dracco.

O local foi interditado pela Vigilância Sanitária, que também recolheu produtos impróprios para o consumo. “A interdição foi necessária diante das irregularidades encontradas. Trata-se de uma grave violação às normas sanitárias, com riscos à saúde pública”, disse Airton Santos, chefe especial da Visa Maceió.

A farmácia foi autuada e responderá a processo administrativo, com multas que podem variar de R$ 180 a R$ 38 mil.


Outros alvos da Operação Delivery

Até o final da manhã, 11 pessoas haviam sido presas. A operação cumpre 24 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Segundo as investigações, os suspeitos participavam de um esquema de venda de drogas sintéticas por meio de delivery.


Parte dos entorpecentes — como skunk, haxixe e medicamentos de tarja preta — era enviada para Alagoas via Correios, escondida em caixas com outros produtos. A distribuição em Maceió ficava a cargo de integrantes da organização criminosa, que retiravam os pacotes e faziam a entrega direta aos consumidores.

Além das drogas, uma arma de fogo também foi apreendida durante a operação.