Professora é agredida por aluno após repreensão por uso de celular em Belo Horizonte

Uma professora foi agredida em sala de aula por um estudante, de 15 anos, em uma escola da rede estadual de educação, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Conflito começou após o adolescente ser repreendido por usar celular dentro da sala de aula.
O caso foi registrado na manhã desta terça-feira (6) na Escola Estadual Três Poderes, na Avenida Portugal, Bairro Itapoã.
A agressão foi filmada por um colega de classe (veja vídeo acima). O vídeo mostra o momento em que o estudante deixou a mochila sobre a carteira ao ver a professora, que ministra aulas de geografia, se aproximar para entrar na sala de aula.
Ele fez um movimento brusco com a porta para impedir a entrada dela. O estudante ainda empurrou a professora, que, gritando, caiu no chão. A professora permaneceu no chão enquanto o estudante gritava.
“Grava! Grava! Grava ela fazendo graça!”.
Com a professora ainda caída, os alunos foram até ela no corredor. Ela, então, se levantou sozinha, e o estudante que fez a agressão gritou “Eu joguei! Eu joguei!”.
Boletim de ocorrência
O vice-diretor da instituição chamou a polícia e foi registrado um boletim de ocorrência. A professora disse à polícia que o estudante vem apresentando “comportamento hostil, agitado, opositor e resistente ao cumprimento de regras, desde o início do ano letivo”.
Segundo os policiais, ao chegarem ao local, o adolescente apresentava sinais de “ansiedade, inquietação, agitação e movimentação constante”. A equipe escolar confirmou que estes comportamentos são recorrentes no jovem, “incluindo desobediência, impulsividade e atitudes desafiadoras em sala de aula”.
A professora contou que o conflito começou quando chamou atenção do adolescente por usar o celular dentro da sala de aula. O uso de aparelhos no ambiente escolar é proibido por lei federal desde janeiro deste ano.
Segundo ela, ao repreendê-lo, o adolescente respondeu com “rispidez e postura desafiadora”. Ela pediu apoio ao vice-diretor para encaminhá-lo para a secretaria da escola e entrar em contato com os pais.
Ao voltar para a sala de aula, ela disse ao estudante que ele seria encaminhado à direção. Ele se recusou e partiu para a agressão, que foi filmada.
À polícia, o estudante assumiu que empurrou a professora e justificou dizendo que se sentiu desrespeitado pela abordagem dela.
Os pais do estudante também foram chamados. Segundo eles, o filho possui diagnóstico médico de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno opositivo desafiador (TOD), mas o tratamento está interrompido. A escola ainda não sabia do diagnóstico do estudante.
Secretaria de Educação
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), disse que “a direção da escola adotou todas as medidas necessárias”. (Veja abaixo um trecho da nota).
“Uma equipe da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, responsável pela coordenação da escola, também compareceu ao local para apurar a situação e elaborar um relatório de inspeção, que será enviado ao Conselho Tutelar, acompanhado do Boletim de Ocorrência. O Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogo e assistente social, irá comparecer à escola para acompanhar a docente. Um trabalho interdisciplinar, conduzido pelos professores, será desenvolvido junto à referida turma para tratar sobre comunicação não-violenta. A SEE/MG ressalta que repudia qualquer forma de agressão e violência no ambiente escolar.”
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