O caso do desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz teve uma reviravolta nesta terça-feira (15), após a mãe da criança confessar à Polícia que tirou a vida da filha, sufocando-a com um travesseiro. O crime ocorreu em Novo Lino, interior de Alagoas, e vinha sendo tratado como sequestro até então.

Segundo informações repassadas pelo delegado Igor Diego, diretor da Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), a mãe apresentou diversas versões ao longo da investigação. Em um primeiro momento, afirmou ter dado a criança a terceiros. Na sequência, contou que a bebê havia se engasgado durante a amamentação e, mesmo tentando reanimá-la, não conseguiu salvá-la.

Posteriormente, a mulher mudou novamente o relato, revelando que Ana Beatriz estava há duas noites sem dormir, chorando bastante e com a barriga inchada. Ela também reclamava do barulho de som alto nas proximidades de sua casa. Em um momento de desespero, disse que não suportou mais a situação e usou um travesseiro para sufocar a filha.

Apesar da confissão, a Polícia Civil segue investigando se a mãe teve ajuda de outra pessoa no crime ou na ocultação do corpo da criança. Isso porque, mesmo após várias visitas de equipes da segurança pública à residência, inclusive com o auxílio de uma cadela farejadora do Corpo de Bombeiros, nada foi encontrado inicialmente. Apenas nesta terça-feira o corpo da bebê foi localizado.

A suspeita é de que alguém possa ter ajudado a esconder o corpo e, posteriormente, o deixado no local onde foi encontrado, temendo que a Polícia Militar o descobrisse. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes e possíveis participações no caso. A mãe de Ana Beatriz seguirá presa, como sendo a principal suspeita pelo crime.