Influenciador alagoano é condenado à pena máxima por estupro de mulher em pousada

Por Redação 15/04/2025 15h03
Por Redação 15/04/2025 15h03
Influenciador alagoano é condenado à pena máxima por estupro de mulher em pousada
4ª Vara Criminal - Foto: Reprodução

O influenciador digital e empresário Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, foi condenado a 10 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de estupro. A decisão foi proferida pela 4ª Vara Criminal da Capital, em Maceió, que considerou procedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas.

O crime ocorreu em 16 de junho de 2024, em uma pousada no bairro Cruz das Almas. As informações são do Portal Eufemea. 

Como o crime aconteceu

De acordo com os auto, ele conheceu a vítima por meio de um grupo de apostas online, no qual atuava como gestor. Ele costumava oferecer vantagens financeiras a novos participantes e, em contato privado com a vítima, passou a enviar dinheiro via Pix e propor encontros presenciais.

Após trocas de mensagens com teor sexual, o influenciador marcou um encontro com a jovem em uma pousada. No local, segundo a denúncia, ele a agrediu brutalmente durante o ato sexual, usando de extrema violência — incluindo socos, tapas, mordidas e até estrangulamento — mesmo diante do choro e dos claros sinais de dor demonstrados pela vítima.


A vítima relatou que tentou se desvencilhar várias vezes, mas entrou em estado de choque e temeu por sua vida. Após os abusos, o influenciador teria reagido com frieza, sugerindo que ela colocasse gelo nas lesões e ironizando a situação ao afirmar que teria “durado mais” se tivesse usado entorpecentes.

Provas e depoimentos

Laudos médicos e imagens das lesões comprovaram a materialidade do crime. O exame de corpo de delito indicou marcas compatíveis com violência física severa. Testemunhas ouvidas durante a investigação, entre elas amigos da vítima e funcionárias da pousada, corroboraram a versão da jovem.

Em sua defesa, o influenciador alegou que as agressões ocorreram de forma consensual e dentro de um contexto de “fetiches”. No entanto, a Justiça rejeitou essa argumentação. O juiz Josemir Pereira de Souza foi taxativo: “Era perceptível que a vítima não queria prosseguir com o ato sexual. As lesões e o depoimento são firmes, coerentes e consistentes”.
A sentença também afastou os questionamentos da defesa sobre possível quebra da cadeia de custódia das provas digitais. O magistrado destacou que os principais elementos da acusação — laudo pericial, imagens e depoimentos — formam um conjunto robusto de evidências.

Além da pena de reclusão, o juiz determinou que o réu pague R$ 50 mil em indenização por danos morais à vítima. A prisão preventiva foi mantida em razão da gravidade dos fatos.

A defesa do influenciador ainda não se pronunciou a respeito. O portal Já é Notícia deixa o espaço à disposição.