Polícia Civil apreende veículos e bloqueia R$ 2 milhões em operação contra golpistas do “bilhete premiado”

Por Redação com Ascom PC/AL 21/03/2025 11h11
Por Redação com Ascom PC/AL 21/03/2025 11h11
Polícia Civil apreende veículos e bloqueia R$ 2 milhões em operação contra golpistas do “bilhete premiado”
Carros de suspeitos de aplicar golpes em idosos são apreendidos - Foto: Ascom PC/AL

A Delegacia de Estelionatos da Polícia Civil de Alagoas, sob a liderança do delegado Lucimério Campos, cumpriu seis mandados de busca e apreensão na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, nesta semana. A ação, autorizada pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas, teve como alvo um grupo criminoso especializado no golpe do “conto do bilhete premiado”, que causou um prejuízo aproximado de R$ 2 milhões a seis vítimas residentes em Maceió.

Durante a operação, os policiais apreenderam dois veículos utilizados pelos criminosos e tomaram medidas judiciais para bloquear valores estimados em R$ 2 milhões, com o intuito de garantir o ressarcimento às vítimas.

O golpe, amplamente conhecido em Maceió, envolve a abordagem de idosos nas proximidades de agências bancárias. Uma mulher, integrante do grupo, se aproxima das vítimas e finge possuir um bilhete de loteria premiado. Ela pede ajuda para resgatar o prêmio e, em seguida, alega ser Testemunha de Jeová, dizendo estar impedida de receber o valor integral. Nessa ocasião, um homem bem-vestido se aproxima, alegando ter ouvido a conversa e oferecendo ajuda.

Os criminosos utilizam diversas técnicas de persuasão para convencer as vítimas a adquirirem uma parte do prêmio. Para fortalecer o golpe, chegam a fazer ligações de falsas centrais telefônicas confirmando a premiação, ajustando o discurso conforme a reação da vítima. Em alguns casos, oferecem o bilhete por um valor reduzido ou sugerem uma falsa doação beneficente.

Após convencer a vítima, o grupo a conduz até o banco, onde ela é induzida a realizar transferências via PIX ou TED, ou até mesmo contrair empréstimos bancários para depositar os valores em contas de "laranjas". O dinheiro é rapidamente distribuído entre as contas dos comparsas, dificultando o rastreamento pelas autoridades.

Apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul

A operação foi realizada com o apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em especial da 2ª Delegacia de Polícia de Passo Fundo, sob a coordenação da Delegada Carolina Goulart. A ação também contou com a participação da SIPAC da 6ª DPRI, da DRACO de Passo Fundo e do NUCIBER - Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil do Paraná.

Um suporte logístico fundamental foi fornecido pelo Departamento de Aviação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, que disponibilizou uma aeronave institucional para o deslocamento da equipe alagoana.