Os jogos de apostas online, seja em esportes ou o famoso “tigrinho”, se popularizaram com a divulgação de influenciadores ou até mesmo comerciais em diversas plataformas de mídia. No entanto, apesar da promessa de ganhos, quem joga tem perdido mais dinheiro do que ganhado.

Isso foi a conclusão do Procon-SP, que realizou uma consulta pública com 1.533 pessoas que apostam virtualmente, entre 3 de dezembro de 2024 e 8 de janeiro de 2025, para compreender o perfil médio dos apostadores.


Segundo o órgão, quase metade (48%) das pessoas que afirmam realizar apostas já comprometeram boa parte da renda, retiraram dinheiro de aplicação financeira ou pediram dinheiro emprestado para poder jogar. Além disso, 71% confirmam mais perdas financeiras do que ganhos e 39% têm dívidas por conta dos jogos.

58% do público que joga ou aposta online é composto por pessoas do sexo masculino. Entre todos os apostadores, 51% têm de 31 a 44 anos, 30% entre 18 a 30 anos. Em relação à faixa de renda, 50% recebe até 2 salários mínimos e 30% até 4 salários mínimos.

Segundo os dados do Procon-SP, 63% dos apostadores tiveram problemas com o sites em que apostaram, sendo o principal deles a recusa da empresa em efetuar o pagamento do prêmio (57%). Mas mesmo com problemas, somente metade das pessoas parou de apostar. Somente em 2024, o órgão registrou 2.300 reclamações sobre estes sites.




INFLUENCERS

Os influenciadores que divulgam jogos ou casas de aposta também são grandes responsáveis por incentivar pessoas a apostarem. Segundo o Procon, 52% declararam que as publicidades com “celebridades” os influenciam na decisão de jogar ou apostar, e 89% declarou que recebe ofertas de jogos ou apostas em suas redes sociais ou celular.