Um policial militar reformado foi preso, na última quarta-feira, 22, sob a suspeita de ameaçar de morte um magistrado do estado. A prisão ocorreu após o cumprimento de um mandado expedido devido ao descumprimento de medida protetiva relacionada a um caso de violência doméstica.

O caso teve início no ano passado, quando a ex-esposa do policial, residente em Maragogi, denunciou-o por violência doméstica. Na ocasião, a Justiça determinou uma medida protetiva contra o acusado. No entanto, ao descumpri-la, o juiz de Maragogi ordenou sua prisão preventiva, que foi efetivada com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco.

Após ser detido, o policial foi levado inicialmente à delegacia de Novo Lino e, em seguida, à delegacia de Maragogi, onde ocorreu uma audiência de custódia. Durante o procedimento judicial, o acusado ameaçou o juiz responsável pelo caso e o desacatou, levando o magistrado a se declarar suspeito e transferir o processo para outro juiz. O Ministério Público instaurou um inquérito para investigar o desacato e as ameaças, configurando crime de coação no curso do processo.

Novos desdobramentos do caso ocorreram após a Polícia Civil descobrir que o policial, mesmo preso, utilizava um aparelho telefônico para continuar ameaçando o magistrado pelas redes sociais. As investigações revelaram que o suspeito oferecia recompensa financeira para quem executasse o juiz. Diante da gravidade dos atos, a Justiça determinou a apreensão do material e autorizou a solicitação de um novo mandado de prisão preventiva.

Embora tenha sido liberado após a primeira prisão, o policial reformado acabou sendo localizado graças à colaboração de um familiar. Posteriormente, ele se apresentou voluntariamente à polícia, momento em que foi cumprido o novo mandado de prisão. O acusado está atualmente recolhido e à disposição da Justiça.