VÍDEO: PM de folga é morto no RJ, bandidos põem corpo em carro e soltam ladeira abaixo

Por Redação, com g1 04/12/2024 07h07
Por Redação, com g1 04/12/2024 07h07
VÍDEO: PM de folga é morto no RJ, bandidos põem corpo em carro e soltam ladeira abaixo
Carro desce ladeira - Foto: Reprodução

Um policial militar que estava de folga foi encontrado morto com um tiro na cabeça na Rua Ourica, na favela do Quitungo, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (3). O Globocop flagrou o momento que bandidos armados jogaram o carro dele em uma ladeira.

O policial estaria indo para uma consulta médica quando foi reconhecido por bandidos. Ele foi morto com um tiro de fuzil. O corpo dele foi enrolado com um lençol branco e colocado dentro do carro.

O policial não estava escalado para a operação que acontecia próximo dali. A Polícia Militar disse que o sargento Marco Antônio Matheus Maia, de 37 anos, estava na corporação há 13 anos e era lotado no 41º BPM (Irajá). Ainda não há informações sobre seu sepultamento. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

Bandidos incendiaram três ônibus em represália à ação policial em Cordovil, na mesma região.

A Polícia Civil atuou no Complexo da Penha, com objetivo de prender chefes do tráfico.

O policial militar Marco Antônio tinha sido baleado na testa em 2020 durante uma operação na comunidade Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Na época, ele e um outro policial tiveram que sair a pé e desarmados da favela depois que Maia foi atingido. Um vídeo mostra o socorro.

A polícia chegou a investigar se eles tiveram que entregar as armas para traficantes, mas, na época, eles disseram que deixaram com outros policiais.

Em 2023, ele foi citado em uma investigação apontado como segurança do TH Joias, um empresário investigado por lavagem de dinheiro. Tiego Raimundo dos Santos Silva, o TH, foi preso suspeito de lavar dinheiro para uma facção criminosa.

Operação na Penha

A operação na Penha é mais uma fase da Operação Torniquete, que combate o roubo de cargas e de veículos. Ônibus deixaram de circular, e escolas e postos de saúde não abriram. Veja em detalhes os impactos à população.

Chefes da facção eram procurados — entre eles, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os policiais também tentavam prender criminosos foragidos do Pará e do Ceará escondidos na Penha.

Até a última atualização desta reportagem, havia registro de mais de 10 presos e de 6 feridos, todos atendidos no Hospital Estadual Getúlio Vargas. Um policial civil e uma grávida estão entre os feridos.

Um bandido, ainda não identificado e com passagens por roubo de carga, foi morto durante confronto com policiais do batalhão de Olaria.

Confronto logo cedo

Segundo moradores, os tiroteios começaram às 5h20. Traficantes atearam fogo a barricadas — até um carro foi incendiado.

A TV Globo apurou que uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, foi primeiro para o conjunto de favelas. Outros 200 agentes de 18 unidades foram mobilizados a partir da Cidade da Polícia.

“A ação integrada tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo”, explicou a Polícia Civil, em nota.

“Segundo as investigações, é do Complexo da Penha de onde partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios.”

Moradores relataram terem visto pelo menos 5 blindados circulando pelas comunidades e um helicóptero sobrevoando o complexo. Por volta das 6h, policiais fecharam todos os acessos da Rua Uranos, uma das principais da Penha.

Também participavam da ação a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).