Policial preso por planejar morte de Lula foi segurança do presidente antes da posse

Por Redação com agências 19/11/2024 14h02
Por Redação com agências 19/11/2024 14h02
Policial preso por planejar morte de Lula foi segurança do presidente antes da posse
Presidente Lula - Foto: Reprodução

O policial federal Wladimir Matos Soares preso, nesta terça-feira (19), sob suspeita de planejar o assassinato do presidente Lula fez parte da segurança do palácio após ele ser eleito e antes da posse, em 2022.


Segundo informações, Wladimir passava as informações sobre o dia a dia de Lula e de pessoas próximas a ele. 
 
Como agente da PF em Brasília, Soares tinha detalhes da rotina de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. 
Já o general da reserva Mario Fernandes, número dois de um ministério importante no Palácio do Planalto durante o governo Jair Bolsonaro, já tinha pronto um detalhado plano para a gestão da crise decorrente do golpe de Estado que ele e aliados planejaram em 2022 para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive com o assassinato de Lula, segundo uma minuta apreendida pela Polícia Federal.
O general da reserva, que foi secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência de Bolsonaro, previa a ativação de um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise" a partir de 16 de dezembro de 2022, um dia após do prazo previsto para a consumação do golpe e execução das autoridades, de acordo com a minuta, que consta de decisão judicial de Moraes divulgada pelo STF.

O documento previa que o general Augusto Heleno, então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), seria o chefe do gabinete de crise, tendo como coordenador-geral o então vice-presidente da República Braga Netto -- colega de chapa de Bolsonaro na eleição de outubro de 2022 em que Lula foi eleito.

A minuta também indicava que a missão do gabinete seria "realizar o acompanhamento das ações estabelecidas no Decreto Presidencial para analisar assuntos com potencial risco com o objetivo de prevenir e mitigar riscos nas ações estabelecidas e articular o gerenciamento da crise".

A PF suspeita que essa minuta, assim como documentos anteriores de planejamento de execução de Lula e outras autoridades, teriam sido impressas no próprio Palácio do Planalto.