Laudo aponta suicídio no caso da menina encontrada morta em Palmeira dos Índios

Por Redação com informações da Gazetaweb 15/10/2024 20h08
Por Redação com informações da Gazetaweb 15/10/2024 20h08
Laudo aponta suicídio no caso da menina encontrada morta em Palmeira dos Índios
Katharina morreu em julho deste ano - Foto: Reprodução

O laudo pericial da reprodução simulada sobre a morte de Katharina, de 10 anos, encontrada enforcada no estábulo da família em Palmeira dos Índios, Alagoas, foi concluído. Segundo o relatório, a criança teria amarrado a corda e cometido suicídio sozinha. O caso ocorreu em 8 de julho deste ano.

De acordo com o chefe de operações da Delegacia Regional, Diogo Martins, o laudo não identificou lesões de defesa ou sinais de luta no corpo de Katharina, reforçando a hipótese de que não houve participação de terceiros no ocorrido.

"Os peritos concluíram que era possível que a menina tivesse amarrado a corda por conta própria. Não foram encontrados indícios de que alguém tenha agido para causar sua morte", informou Martins. O inquérito foi encerrado sem indiciamento de qualquer pessoa.

No dia do incidente, Katharina brincava no estábulo com o irmão, que se feriu e foi levado pelos pais à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A menina foi deixada sozinha no local e, ao retorno da família, foi encontrada morta.

Apesar da conclusão do inquérito sobre o suicídio, outra investigação foi aberta para apurar denúncias de maus-tratos contra as crianças. Durante a reprodução simulada, realizada em 3 de setembro, a mãe de Katharina, Maria Virginia, afirmou que ela e seus filhos sofriam agressões por parte do pai, o que levou ao pedido de separação e a uma medida protetiva após a morte da filha.

"Ele batia nela e em mim. Quando ele agredia Katharina, eu e o irmão dela tentávamos intervir, e acabávamos apanhando todos juntos", relatou a mãe.

As denúncias de maus-tratos seguem em investigação, segundo Martins. "Estamos trabalhando nesse novo inquérito sobre as agressões relatadas pela mãe. Iremos levantar mais informações e enviar o caso à Justiça", concluiu.