Família arapiraquense é surpreendida por passagem de furacão durante viagem à Orlando, na Flórida

Por Redação 09/10/2024 12h12 - Atualizado em 09/10/2024 15h03
Por Redação 09/10/2024 12h12 Atualizado em 09/10/2024 15h03
Família arapiraquense é surpreendida por passagem de furacão durante viagem à Orlando, na Flórida
Família de Mônica Brito em Orlando - Foto: Cortesia Mônica Brito ao Já É Notícia

Uma família de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, está vivendo momentos de apreensão durante uma viagem a Orlando, Flórida (EUA). A dentista arapiraquense Mônica Brito explicou que ela e os familiares foram surpreendidos pela passagem do furacão Milton, que atinge a região neste semana.

Mônica Brito viajou com o esposo, as filhas gêmeas de cinco anos, a mãe e o pai para comemorar seu aniversário e o Dia das Crianças. Em entrevista ao Portal Já É Notícia, ela contou que a chegada da notícia do furacão ocorreu pouco depois de aterrissarem nos Estados Unidos.

“Nós chegamos no mesmo dia em que as notícias sobre o furacão começaram a circular. Ninguém sabia ao certo qual seria a intensidade ou a rota exata do fenômeno”, explicou Mônica.

Ela e sua família estão hospedados em uma casa alugada, mas pretendiam se mudar para um hotel, que geralmente oferece mais segurança em situações de furacões. No entanto, devido ao fluxo de evacuação da cidade de Tampa, que seria diretamente atingida, todos os hotéis em Orlando estão lotados. Dessa forma, Orlando, conhecida por abrigar parques temáticos como a Disney e a Universal, tornou-se um refúgio para moradores das cidades costeiras da Flórida.

No entanto, a situação também afetou o abastecimento e o funcionamento da cidade. Mônica relatou as dificuldades para encontrar combustível e a escassez de produtos em supermercados, que já estavam fechados antes da tempestade. Nesta quarta-feira, 09, ela encontrou apenas um supermercado aberto. O estabelecimento em questão registrou filas enormes.

A família está se preparando para enfrentar a passagem do furacão com água e alimentos estocados e se mantém em contato com amigos brasileiros que vivem na região. "A gente está em casa para esperar ele passar. Hoje já amanheceu chovendo, está bem chuvoso. As pessoas já recolheram tudo para dentro de casa. Na casa que a gente está, as coisas da piscina já foram recolhidas pela empresa do aluguel das casas. As casas já estão com tudo, com tudo recolhido. Para não ter perigo de voar e danificar alguma janela", contou.

"Indicaram pra gente dormir no cômodo da casa térreo, que é uma casa de primeiro andar, então eles indicaram pra dormir no térreo, longe de janela. Tem também um closet, que a gente pode dormir dentro do closet, porque não tem janela. A gente está com água, com comida, encheu uma banheira com água também, porque pode faltar energia. É rezar para que passar e dê tudo certo", explicou.

O Furacão Milton, que começou como uma tempestade de categoria 1, rapidamente aumentou sua intensidade para categoria 5, o que o classifica como extremamente perigoso. Segundo especialistas, embora Orlando esteja mais distante da costa, a cidade pode ser impactada pelos fortes ventos e chuvas torrenciais, mesmo que a intensidade do furacão diminua ao tocar o solo.

"Em Orlando, ele {o furacão}, geralmente quando toca no chão, quando ele toca no solo, ele perde força. Então a gente tá rezando pra que isso aconteça", ressaltou Mônica Brito.

A diferença entre Brasil e EUA quanto aos fenômenos naturais
Mônica também refletiu sobre a diferença entre o Brasil e os Estados Unidos no que diz respeito a desastres naturais como furacões. No Brasil, esse tipo de fenômeno não ocorre devido à localização geográfica do país, que está fora das zonas de formação de ciclones tropicais. “Nunca passamos por nada parecido. Aqui, estamos lidando com uma situação totalmente nova para nós. No Brasil, não temos esse tipo de experiência”, destacou.

A Flórida, especialmente a região costeira, é uma área vulnerável a furacões, com a temporada de furacões ocorrendo entre junho e novembro. Ao longo dos anos, o estado tem enfrentado diversos ciclones devastadores. A cidade de Orlando, por estar mais no interior, geralmente não é diretamente atingida pela força total dos furacões, mas ainda assim sofre com os efeitos colaterais.

O governo local, segundo Mônica, emitiu alertas para que as famílias estocassem alimentos, água e permanecessem em suas casas, sem a necessidade de evacuação de Orlando. A família aguarda a passagem do furacão e espera que o impacto seja menor do que o previsto. “Estamos rezando para que tudo ocorra da melhor forma e possamos voltar à nossa programação normal”, finalizou.

O retorno da família ao Brasil está programado para o dia 18 de outubro, mas ainda não há garantias de que as atividades turísticas, como os parques da Disney, voltem a funcionar até lá. "Os parques da Disney estão programados pra abrir na sexta-feira. Mas é só programações. Não tem nada concreto. Porque não se sabe o que ele pode fazer", disse.

Para os brasileiros que estão na região e estão apreensivos, Mônica aconselha que escutem unicamente as autoridades locais. "Não entre em pânico e siga as instruções do governo, que são as instruções que não são fake news, são as instruções reais. Seguir o que o governo pede", finalizou a dentista arapiraquense.