Alagoano é absolvido após ser acusado de estupro e pegar 8 anos de prisão

Por Redação com Assessoria 12/07/2024 13h01
Por Redação com Assessoria 12/07/2024 13h01
Alagoano é absolvido após ser acusado de estupro e pegar 8 anos de prisão
Defensoria Pública - Foto: Reprodução

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas conseguiu a absolvição de um homem natural do Sertão, que foi injustamente acusado de estupro de vulnerável. Conforme a defensora pública Vanessa Santana Ferreira, a instituição passou a atuar no caso após a condenação do homem e logo percebeu a falta de provas que justificassem a sentença de 8 anos de reclusão, que ele havia recebido.

A adolescente que seria a vítima chegou a negar o crime em seus depoimentos. Por isso, a Defensoria apelou ao Tribunal de Justiça de Alagoas pedindo a absolvição.

O caso começou em fevereiro de 2020, em um município do Sertão alagoano, quando o homem foi acusado de cometer atos libidinosos e ameaçar uma adolescente de 13 anos. No entanto, durante o processo, a suposta vítima afirmou nunca ter tido qualquer relação com o homem.

Outras testemunhas ouvidas não confirmaram nenhum abuso, e a mãe da adolescente afirmou que a filha se retratou das acusações.


Na apelação, a defensora Vanessa Santana destacou a ausência de provas que comprovassem o crime e enfatizou a aplicação do princípio 'in dubio pro reo', que determina que, em caso de dúvida, deve-se beneficiar o réu.

Após analisar o recurso, a Justiça concluiu que as provas eram insuficientes para sustentar a condenação, acolhendo o pedido da Defensoria Pública e absolvendo o homem.

Para a defensora, o caso demonstra a importância da presença da Defensoria Pública na defesa dos cidadãos.

“Tomei conhecimento do caso no último dia para recorrer por apelação. O réu apareceu na Defensoria Pública à tarde, contando que tinha tentado incansavelmente encontrar seu advogado para discutir o caso e apelar, pois discordava da condenação. O réu mencionou que uma testemunha crucial para sua defesa não foi ouvida, e afirmou que o advogado não o atendia nem mesmo para entregar o termo de renúncia. Depois de muita insistência, ele finalmente entregou o termo de renúncia e pude fazer a apelação e garantir a defesa do cidadão”, contou.