Estudante é vítima de transfobia ao utilizar o banheiro de faculdade em Arapiraca

Por Redação 22/05/2024 16h04 - Atualizado em 22/05/2024 18h06
Por Redação 22/05/2024 16h04 Atualizado em 22/05/2024 18h06
Estudante é vítima de transfobia ao utilizar o banheiro de faculdade em Arapiraca
Transfobia - Foto: Divulgação

Um caso de transfobia foi registrado dentro das dependências de uma faculdade particular de Arapiraca. A situação ocorreu na noite do último dia 20, segunda-feira, quando uma jovem trans, que terá a identidade preservada, fazia uso do banheiro feminino da instituição de ensino superior.

Conforme relato da jovem, registrado em Boletim de Ocorrência (BO) na Central de Polícia Civil de Arapiraca, quando ela entrou no banheiro feminino escutou alguns comentários transfóbicos por parte de um estudante do 5º período de odontologia.

Assustada, a jovem não revidou e enquanto voltava para a sala de aula, o mesmo estudante preferiu diversas ofensas e palavras de baixo calão.

Posteriormente, já durante o intervalo, o mesmo estudante teria começado a incitar outros estudantes, afirmando que "o banheiro não era para ser usado por homem, por ser um banheiro feminino", fazendo referência ao momento em que a jovem teria ido ao banheiro feminino.

Diante da situação, uma outra estudante se posicionou quanto as agressões proferidas desde a utilização do banheiro feminino. Pontua a estudante que a justificativa do agressor era que "Se ele está vendo peito aí dentro eu também posso". Fazendo menção a aluna atacada.

Após o episódio, a jovem graduanda procurou a coordenação do curso, para que fossem tomadas as medidas cabíveis. Ao reportar o que estava acontecendo à coordenação, com três coordenadores presentes, foi levada para confrontar o agressor sobre os fatos apresentados.

No hall da recepção, local aberto para todos os estudantes, o autor do ato transfóbico teria se alterado novamente ao ser questionado sobre o acontecido e foi em direção aos discentes, confirmando que "o banheiro não deveria ser usado por um homem". Pontua-se que foram proferidas palavras de baixo calão que aqui não foram mencionadas para poupar a ampliação do constrangimento já sofrido pela vítima.

O estudante do 5º período ainda teria criticado a outra jovem estudante e ainda alegado questões biológicas para o não uso do banheiro feminino pela jovem estudante trans. Foi criado animosidade no local, decorrente de gritos e apontamentos sobre a existência e ocupação de espaços por uma pessoa Trans.

Em seguida, a coordenação do curso afirmou para a estudante que a faculdade tomaria medidas acadêmicas, porém as medidas legais deveriam ser tomadas por ela.

O portal Já É Notícia entrou em contato com a assessoria de comunicação da instituição de ensino superior, que ficou de emitir uma resposta sobre o caso amanhã, quinta-feira, 23.