Último envolvido no assassinato de mulher encontrada morta em geladeira é preso em Maceió e confessa crime
Nesta quarta-feira (6), o delegado Thiago Prado, da Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que o último envolvido no assassinato de Flávia dos Santos Carneiro, encontrada morta dentro de uma geladeira em Guaxuma, Maceió, foi preso na noite da terça (5). Ele confessou o crime.
Após o achado de cadáver, o homem de 22 anos se escondeu na residência de familiares no bairro Jacintinho, onde foi localizado pela equipe da delegacia. Ele foi autuado em flagrante por feminicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor.
"Ele confessou o crime, alegou o envolvimento e participação da namorada, a filha da vítima, uma adolescente de 13 anos, que também se encontra autuada em flagrante de ato infracional. E informou que o seu pai o auxiliou a desovar e ocultar o cadáver no local de mata", afirmou Thiago Prado.
Flávia dos Santos Carneiro, de 43 anos, era garçonete e foi morta com cerca de 20 golpes de faca por não aceitar o envolvimento da filha adolescente com o homem de 22 anos. O assassinato teria ocorrido cinco dias antes do achado de cadáver.
Na manhã da terça-feira, o jovem contratou um serviço de frete para levar a geladeira até uma residência, mas o endereço da entrega não foi encontrado. Com isso, o homem disse que o trabalhador poderia jogar o eletrodoméstico em um matagal na Grota do Andraújo, em Guaxuma.
O trabalhador encontrou o corpo no momento do descarte e entrou em contato com a Polícia Civil imediatamente.
"O caso está praticamente concluído. A equipe irá dar desfecho com as demais provas técnicas que estão sendo produzidas pela Polícia Científica. Na manhã desta quarta-feira, eles serão submetidos a audiência de custódia, e então o juízo vai avaliar pela manutenção ou não da prisão e apreensão desses envolvidos", afirma Prado.
Estupro de vulnerável
O envolvimento entre o jovem preso e a adolescente configura crime de estupro de vulnerável, pois ela tem menos de 14 anos.
De acordo com a Polícia Civil, a filha da vítima passou por exame de corpo de delito e conjunção carnal no Instituto Médico Legal (IML) e, caso a materialidade seja comprovada, o jovem pode responder por mais esse crime em outro inquérito.