Ao longo deste ano, 2.500 alunos foram beneficiados com o projeto Samu nas Escolas, responsável por levar às crianças e adolescentes a importância do conhecimento em primeiros socorros e conscientizar sobre os prejuízos que os trotes causam à assistência rápida e eficiente. A iniciativa fecha o ano com 20 escolas participantes e muitas histórias para contar.



Entre os tantos relatos está o da aluna Laura Vitoria Barbosa, de 9 anos, que participou da última edição do Samu nas Escolas deste ano, realizada nesta sexta-feira (24), na Escola Municipal Marcos Soriano, no bairro Jardim Petrópolis, em Maceió.



Ela contou que estava ansiosa para participar da ação e quando disseram que ela vestiria o macacão de socorrista do Samu, seu pequeno coração bateu mais forte. "Nossa, fiquei tão feliz! Eu quero ser do Samu quando crescer. Hoje aprendi tanto. Agora sei como desengasgar uma pessoa", ressaltou, sorrindo.

Realizado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Samu nas Escolas é um projeto de extensão, que conta com a participação de acadêmicos de várias instituições educacionais do ensino superior.



Maria Alice Borba faz parte deste grupo e relata o que o projeto tem sido muito importante para ela. "Lidar com o público infantil é gratificante demais e, querendo ou não, eles serão as pessoas que formarão a sociedade no futuro. Saber que, de alguma forma, participei da educação deles é uma sensação tremenda", frisou.



A acadêmica de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) contou que continuará no projeto em 2024, devido à importância que representa para a sociedade. "Os primeiros socorros deveriam fazer parte da grade de estudos. Por onde passamos somos bem recebidos; todas as escolas estão muito abertas ao assunto. E como é gostoso ouvir destas crianças que, quando crescerem, serão médicos, enfermeiros e que querem trabalhar no Samu", relatou emocionada.



Os acadêmicos são capacitados pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu Maceió e repassam o conhecimento adquirido aos estudantes. "O projeto recebe alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Serviço Social. É uma rede educacional que culmina em conhecimento para salvar vidas", destacou a assistente social Liege Batista, uma das responsáveis pelo projeto.



Para a profissional, cada ação vivenciada, cada escola e aluno representa conhecimento disseminado e aponta para a qualidade do serviço do Samu. "A partir do momento que educamos estes estudantes, menos trotes ocorrerão. Eles passarão a ser nossos parceiros em prol da qualidade da assistência, inclusive auxiliando vítimas a partir do conhecimento adquirido sobre primeiros socorros, o que facilitará o atendimento dos socorristas ao chegarem à uma demanda", pontuou a assistente social, ao ressaltar que os alunos aprendem as técnicas aplicadas em casos de engasgos, queimaduras, choque elétrico, desmaios e quedas em que haja quebra de braço e pernas, além dos malefícios dos trotes.



Patrícia Melo, diretora da escola, explicou que para quem trabalha com contexto escolar a ação do Samu representa muito, tanto para os alunos como para os profissionais. "Em nosso dia a dia acontecem situações diversas e nos tranquiliza saber como tomar uma atitude correta e salvar uma vida. Toda escola deveria ter essa experiência", destacou.



Inscrições 2024



Os interessados em receber o projeto Samu nas Escolas devem entrar em contato com a Central Maceió, pelo e-mail [email protected]. Qualquer escola, seja da rede pública ou privada, pode solicitar a ação.