Diagnóstico precoce da tuberculose é fundamental para evitar agravamento da doença e óbitos, alerta Sesau
Causada pelo bacilo de Koch, caracterizada como uma doença infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões, a tuberculose deve ser diagnosticada em tempo oportuno para o tratamento ser eficaz. O alerta é da equipe técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que ressalta a disponibilidade do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) municipais.
Para realizar o diagnóstico da tuberculose, as pessoas devem procurar a UBS mais próxima de sua residência, onde será realizado o teste rápido molecular ou baciloscopia. Para isso, é necessário que ela esteja há pelo menos três semanas com tosse persistente, que pode ser seca ou com secreção, além da ocorrência de febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento.
Segundo a assessora técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Rosa Adélia Arrouxellas, o tratamento da doença tem duração de seis meses. “O tratamento deve ser realizado até o final, sob o risco do desenvolvimento de versões mais graves e resistência aos medicamentos”, informou, ao salientar que, em Alagoas, o índice de abandono do tratamento é de 8,9%, percentual considerado alto, uma vez que ele deve ser inferior a 5%, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).
DISSEMINAÇÃO
Rosa Adélia explicou que alguns fatores contribuem para a disseminação da doença, como a desnutrição, as más condições sanitárias e a alta densidade populacional. “A tuberculose é considerado também um problema social e precisa da atuação de profissionais de diversas áreas para seu enfrentamento”, destacou.
Um dos pontos de atuação dos profissionais de saúde é assegurar o controle da tuberculose, garantindo que todas as pessoas que mantiveram contato com as pessoas diagnosticadas também sejam testadas para a detecção da doença. “Isso evita o círculo de contágio e protege a população”, lembrou a assessora técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose.
DADOS
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), este ano já foram diagnosticados 901 novos casos de tuberculose em Alagoas e 51 óbitos, conforme aponta o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Em todo o ano passado foram registrados 1.035 casos e 85 óbitos.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salientou que a Sesau atua prestando apoio técnico aos municípios alagoanos e realizando capacitações periódicas com foco no diagnóstico precoce e no tratamento em tempo oportuno. “O Estado segue cumprindo sua missão, em parceria com administrações municipais e o Ministério da Saúde, atuando para assegurar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento a todos os alagoanos”, destacou o gestor da saúde estadual.