Henri Castelli ficou com sequela permanente após agressão sofrida em Alagoas, aponta perícia

Por Redação com UOL 03/11/2023 13h01
Por Redação com UOL 03/11/2023 13h01
Henri Castelli ficou com sequela permanente após agressão sofrida em Alagoas, aponta perícia
Henri Castelli - Foto: Redes Sociais

Agredido após se envolver em uma confusão, há quase três anos, na Barra de São Miguel, litoral alagoano, o ator Henri Castelli ficou com sequelas permanentes. As sequelas foram apontadas por um laudo pericial, realizado por determinação judicial.

Conformo o documento assinado pelo perito Basílio de Almeida Milani, Castelli ficou com parestesia, que é a perda da sensibilidade da pele no lado direito de sua face, perto da boca e do queixo, região em que sofreu a agressão. Henri Castelli teve a mandíbula fraturada, devido a briga.

"A parestesia, por estar presente por aproximadamente três anos, deverá ser permanente e não há tratamento, na atualidade, que possa ser indicado que tenha um prognóstico certamente favorável", afirmou o perito à Justiça.

Segundo o ator, ele ainda sente dores na mandíbula, que se agravam com as alterações climáticas, e que tem a sensação contínua de deformação. Ele disse que passou a ter o hábito constante de esconder parte do rosto com as mãos em razão disso.

A afirmação de Henri Castelli foi reforçada pelo perito que informou haver uma assimetria entre os lados da maníbula do artista, mas é algo aceitável. "Não é uma assimetria anormal ou acentuada a ponto de caracterizarmos como uma deformidade", completou o perito.

Segundo ele, é totalmente possível, após um trauma como o que o ator sofreu, que a estrutura anatômica nunca mais volte ao seu formato 100% original. "Infelizmente a perícia não consegue avaliar, usando um rigor científico, se o requente [Castelli] após o tratamento voltou a ter o formato da sua mandíbula exatamente como era antes", declarou.

Henri Castelli pede uma indenização de R$ 400 mil do empresário Bernardo Amorim e do corretor de imóveis Guilherme Accioly Ferreira, os dois autores da agressão.

Na defesa apresentada à Justiça, Accioly Ferreira disse que Castelli iniciou a confusão. Afirmou que ele estava completamente "alterado e imbuído de uma valentia desnecessária" em razão de um entrevero por questões profissionais com o empresário Bernardo.

De acordo com ele, o ator foi em direção ao empresário "para tirar satisfação e enfrentá-lo através de contato físico". Guilherme disse que, ao tentar separá-los, sofreu um soco no rosto desferido por Castelli. Então, sempre segundo seu relato, por "instinto", deu-lhe um único murro "em reação à agressão que sofrera antes".

Bernardo Amorim, ao se defender, disse que a narrativa de Castelli é "esdrúxula" e que ele "inverte toda a situação".

Afirma que havia franqueado o acesso de Castelli a uma festa em um estabelecimento do qual é proprietário, bem como emprestado uma embarcação ao ator para que ele aproveitasse o final do ano no litoral de Alagoas. Ao encontrá-lo posteriormente no restaurante, quis saber se tudo havia corrido bem, mas Castelli, segundo ele, teria respondido que a festa tinha sido uma "bosta".