Cineasta alagoano é premiado na Suíça no Festival de Cinema de Locarno

A dupla brasileira Leandro Goddinho e Paulo Menezes, atualmente residente na Alemanha, ganhou o Leopardo de Prata na Competição Internacional de Curta-Metragem ‘Pardi di Domani’, do renomado 76º Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça. O curta DU BIST SO WUNDERBAR é uma coprodução Brasil-Alemanha da produtora CinemaPosgenero.
“Nosso filme enfatiza o poder das narrativas queer, que sempre desafiaram o sistema, questionaram normas sociais e ofereceram perspectivas frescas com uma estética crua e underground que desafia os padrões estabelecidos”, declaram os diretores.
De acordo com Eddie Bertozzi, um dos programadores do Festival de Locarno, "a obra dos cineastas brasileiros é explosiva, um tour de force tragicômico que segue um jovem imigrante na Berlim atual que, no auge da crise habitacional, luta para existir entre desigualdades sociais e estereótipos culturais".
Extremamente elogiado pela crítica internacional, a dupla vem colecionando comentários positivos pela direção original e pelo ritmo frenético do filme.
O Júri ‘Pardi di Domani’ 2023, formado por Mattew Rankin, Amos Sussigan e Ewa Puszcynska, definiu o curta como “um pedaço ousado e exuberante da vida, cheio de humor e complexidade que identifica uma situação rica e cômica nas indignidades da busca por apartamentos em Berlim. Os cineastas foram corajosos e audaciosos, originais em sua abordagem, e seu filme é maravilhosamente enriquecido por uma atuação sutil e carismática”.
Em 76 anos de Festival, pouquíssimos cineastas nacionais levaram para casa esse disputado prêmio.
Declaração dos Diretores - Como diretores de cinema, DU BIST SO WUNDERBAR tem um significado pessoal profundo, pois está enraizado na cultura Queer e reflete eventos reais de nossas vidas como artistas imigrantes em Berlim. O filme explora a urgente questão da crise habitacional da cidade, que se torna ainda mais complexa e caótica quando vivenciada por um artista imigrante gay sem passaporte europeu.
Tirando inspiração do movimento latino americano "Terceiro Cinema" dos anos 1960 e 1970, que abordou questões sócio-políticas no mundo em desenvolvimento, nosso filme reinterpreta a abordagem desse movimento no contexto do "Primeiro Mundo". Ao fazer isso, nosso objetivo é lançar luz sobre desafios contemporâneos que persistem em uma sociedade pós-pandêmica ainda ligada ao seu passado hétero-patriarcal colonialista.
A narrativa gira em torno de Edu, cuja vida se transforma em uma jornada tumultuada ao longo de um único dia. A crise habitacional e a gentrificação em Berlim expõem a fachada de uma sociedade que se diz pseudo-liberal e mente aberta, mas cheia de pequenas agressões cotidianas.
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