Caetano Veloso canta no Marco Zero, em Recife

Por G1 18/02/2023 09h09
Por G1 18/02/2023 09h09
Caetano Veloso canta no Marco Zero, em Recife
Caetano - Foto: Ricardo/ Titular fotografia

Depois de dois anos, a poesia e o colorido do povo nas ruas, finalmente, voltaram a ocupar o Bairro do Recife. A abertura do carnaval 2023, na noite desta sexta (17), foi marcada pela emoção dos milhares de foliões que lotaram o Marco Zero para matar a saudade festa interrompida pela pandemia.

Uma celebração coletiva que foi embalada por grande encontros de expoentes da música nacional, como Caetano Veloso, Geraldo Azevedo, Chico Cesar, Alceu Valença e Elba Ramalho.

“Em larga medida, o carnaval da Bahia é uma eterna homenagem grata ao carnaval do Recife”, reverenciou.

A declaração foi dada pela atração mais esperada pelo público: Caetano Veloso subiu ao palco por volta das 23h30, com mais de uma hora de atraso.

No repertório, o baiano, que começou a apresentação com a canção dos anos 1960 “Você não entende nada”, fez as pessoas se emocionarem ao som de composições próprias de diferentes épocas.

Mais para o fim do show, que mesclou momentos com acompanhamento de uma banda e de voz e violão, o artista explorou seu lado mais carnavalesco, cantando a marchinha “Chuva, suor e cerveja” e o clássico do frevo pernambucano “Evocação nº 1”, de Nelson Ferreira.

Em um momento do espetáculo, Caetano chamou a cantora recifense Duda Beat, a última atração da noite. Juntos, eles cantaram “Sem samba não dá”, do álbum Meu Coco. “Te amo”, declarou a cantora para o artista.

Felicidade geral

A festa começou no fim da tarde, com a apresentação das agremiações do carnaval 2020. Pelas ruas do bairro, blocos líricos, como o Nem sempre Lily toca flauta, encantaram o público, que também investiu nas fantasias e veio se divertir da forma mais irreverente possível.

“Estou me sentindo maravilhosa. São anos de abstinência. Estou muito feliz, sou carnavalesca desde sempre”, disse a dentista Nalda Costa, que foi toda de preto e com um diadema de flores.

“É a Viúva Negra”, brinca. “Por mais simples que a gente esteja, sempre tem um significado. A gente bota um brilho, um adereço e já está no clima”.

Um dos homenageados do carnaval recifense, ao lado de Dona Marivalda e Zenaide Bezerra, o cantor Geraldo Azevedo recepcionou os convidados no palco do Marco Zero.

Entre os diversos nomes que se apresentaram com ele ao longo da noite, estavam os "eternos parceiros" Elba e Alceu, além de Mariana Aydar.