Testemunha dá detalhes de sexo a três que terminou em morte de jovem alagoana em MG
O homem que participou do ato sexual que terminou com o namorado matando por ciúmes a alagoana Gilmara Ferreira dos Santos, de 21 anos, em Patos de Minas, prestou depoimento à polícia e contou detalhes de como tudo aconteceu. Ele disse que a garota foi espancada por mais de uma hora e que o agressor pediu para que ele fizesse sexo com ela mesmo após as agressões. O rapaz também contou que ficou preso dentro da casa e que precisou fugir.
O rapaz, que vamos identificar pela inicial do nome W., contou que estava em um bar com um amigo (vamos identificá-lo pela inicial F.) quando Diego fez contato com este seu amigo (F) o convidando para ir para sua casa tomar cerveja. Diego contou que estava com uma mulher na residência. F. respondeu que não poderia ir, uma vez que estava em companhia de W. em um bar. Diego insistiu e disse que ele poderia levar também o amigo W. Desta forma, os dois foram para a casa dele na rua Tomaz de Aquino.
No outro dia, por volta de meio dia, F. foi embora e ficaram somente os três, Diego, a namorada Gilmara Ferreira e W. Nesse instante, Diego trancou as portas e retirou as chaves. W. disse que ficou um pouco cismado, sem saber por que ele estava retirando as chaves. Em seguida, Diego convidou W. e Gilmara para fazerem sexo a três.
W. contou que no meio do ato Diego fez um pedido para Gilmara que não foi atendido. “... já pedi três vezes e você não me escuta. Vou te ensinar”, disse Diego antes de iniciar as agressões. O namorado então se levantou e começou a chutar o rosto de Gilmara que se encolheu na cama para se defender. Segundo a testemunha, nesse instante, Diego pegou cabos de vassoura e rodo e começou a bater em Gilmara. Ele quebrou dois cabos de vassoura e ainda usou um terceiro para espancar a namorada, informou a testemunha.
W. disse que pedia a Diego para parar com as agressões, mas era ameaçado. “Cala a boca senão você terá o mesmo fim de Gilmara", apontado para ele uma ponta de cabo de vassoura quebrado. W. ainda tentou se levantar mesmo assim e também foi agredido com pauladas nas costas, nos braços e na testa. No depoimento, a testemunha conta que ainda viu Diego desferir estocadas na namorada.
A testemunha contou no depoimento ao qual o Patos Hoje teve acesso que no meio das agressões, Diego começou a chorar e a dizer que estava arrependido e que não era essa pessoa. W. contou que ele chegava próximo da vítima que estava em cima da cama e dizia: Porque você fez isso comigo? Você acabou com minha vida”. Mas em seguida voltou a ficar agressivo. Em determinado momento, ele determinou que W. fizesse sexo com Gilmara, mesmo ela estando toda ensanguentada. Ele negou e disse que não faria isso, mesmo que ele o matasse.
Diego então determinou que W. tirasse Gilmara da cama. W. disse que não faria isso e, então, Diego pegou Gilmara pelas pernas, jogou o corpo no chão e a arrastou para outro cômodo da casa. Depois disso, Diego determinou que W. fosse tomar banho, já que estava com sangue pelo corpo. W. então disse que o sangue era dele mesmo, devido as pauladas que havia levado.
Até este momento, segundo W. a vítima ainda estava viva e pedia para ser levada para o hospital e para tomar água. A testemunha informou que Diego chegou a pesquisar na internet o que fazer. Em um momento de descuido, o W. conseguiu fugir e ir até a Delegacia. Quando a Polícia chegou na casa, Gilmara já estava morta, com o corpo enrolado em plástico para ser desovada. Diego permanecia na casa e foi preso em flagrante. No depoimento, ele permaneceu em silêncio.
O caso - A alagoana Gilmara Ferreira dos Santos, de 21 anos, morta pelo companheiro enquanto participava de um ménage em Minas Gerais, foi sepultada em Flexeiras, no interior de Alagoas, na manhã desta terça-feira (18).
O corpo da alagoana chegou ao estado nessa segunda-feira (17) e foi velado durante a noite no Cemitério Municipal Parque dos Eucaliptos. Gilmara foi brutalmente assassinada na madrugada do sábado (15) e o namorado dela, de 32 anos, foi preso em flagrante após confessar o crime.