“Não cabe omissão”, diz Simone Tebet ao declarar apoio a Lula
A candidata derrotada do MDB à Presidência, Simone Tebet, anunciou nesta quarta-feira (5) apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial.
Em pronunciamento, Simone afirmou que:
tem críticas a Lula, mas reconhece no petista 'compromisso com a democracia'
amigos pediram a ela 'neutralidade', mas que decidiu não se omitir
espera que a campanha do petista incorpore ao menos cinco propostas que ela apresentou, entre as quais a de composição de um ministério "plural" e a poupança para jovens que concluírem o ensino médio
estará nas ruas até dia 30 de outubro e que faz preces por uma 'campanha de paz'
O anúncio de apoio a Lula foi feito em um hotel em São Paulo. Simone Tebet ficou em terceiro lugar na votação realizada no último domingo (2). A emedebista recebeu 4,9 milhões de votos (4,16%).
"Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos", afirmou Simone Tebet.
No pronunciamento, Tebet disse esperar que cinco propostas do plano de governo emedebista sejam encampadas pela campanha petista. Segundo ela, as ideias foram apresentadas a Lula durante almoço nesta quarta. “Cabe, agora, a eles a palavra em relação a esses pedidos feitos”, disse.
A senadora afirmou ter pedido ao candidato do PT a inclusão de propostas que pretendem:
zerar a fila de vagas em creches e escolas para crianças;
a implementação do ensino médio técnico em tempo integral;
o pagamento de R$ 5 mil para formandos do ensino médio;
zerar a fila de procedimentos na saúde e aumentar repasses ao Sistema Único de Saúde;
dar soluções para o endividamento das famílias;
a igualdade de salário entre homens e mulheres;
e a composição ministerial “plural”.