Pílulas anti-Covid no SUS podem gerar economia de R$ 19 bilhões

Por Sidinéia Tavares/Redação com Metropoles 29/04/2022 11h11
Por Sidinéia Tavares/Redação com Metropoles 29/04/2022 11h11
Pílulas anti-Covid no SUS podem gerar economia de R$ 19 bilhões
Pílulas anti-Covid - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

O Governo Federal pretende adquirir os medicamentos Paxlovid, conhecidas como pílulas anti-Covid. Para oficializar a compra, é preciso que o Ministério da Saúde aguarde a conclusão da análise na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde).

A aquisição do medicamento pode gerar economia de até R$ 19 bilhões aos cofres públicos, em um período de cinco anos.

O valor leva em consideração a diferença entre o custo estimado de tratamento com os remédios e as despesas ocasionadas por internação (de casos moderados aos que necessitam de unidade de tratamento intensivo, quando esse valor aumenta exponencialmente) e por cenários com baixa e alta incidência de infectados.

A Conitec analisa a possibilidade de incluir o uso desses remédios nas alternativas de tratamento contra a Covid-19 no Brasil. Na última quarta-feira, 27, a Conitec encerrou a consulta pública sobre o tema.

O próximo passo da comissão consiste em enviar ao Ministério da Saúde recomendação favorável à administração dos fármacos.

Caberá à secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da pasta, Sandra de Castro Barros, aprovar ou não o uso dos medicamentos. Em caso positivo, os remédios serão incluídos no rol de terapias do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os fármacos são indicados para uso domiciliar em adultos com sintomas iniciais da doença. O medicamento deve ser tomado por cinco dias, logo depois dos primeiros sintomas e/ou do resultado positivo para o exame de Covid-19. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução da enfermidade para quadros graves.

Estudos realizados pela Pfizer apontam que os remédios reduziram o risco de hospitalização ou morte para pacientes que fizeram uso do medicamento entre o terceiro e quinto dias de sintomas da doença, com quase 89% de eficácia.