Cânions do São Francisco irão receber medidas de segurança após relatório identificar áreas de risco
Após o Serviço Geológico do Brasil publicar relatório apontando riscos apresentados nos cânions do Rio São Francisco, que fazem divisa entre Alagoas, Bahia e Sergipe, integrante do trade turístico da região, irão adotar medidas de segurança sugeridas pela CPRM. São 14 ações que podem ser tomadas de forma preventiva para evitar acidentes na região. Para este feriado, segundo reportagem da TV Gazeta, cerca de 25 mil turistas estão previstos para viajarem à localidade.
Dentre as medidas recomendadas pelo Serviço Geológico estão o afastamento de plataformas de desembarques de turistas, ou seja, plataformas e piscinas flutuantes devem ficar a uma distância mínima de 22 metros, o equivalente à metade da altura das paredes rochosas. Os paredões dos cânions chegam a uma altura de 45 metros. Além dessa medida, o órgão recomenda o isolamento das distância seja feito por boias. As embarcações também terão que passar a uma distância segura dos paredões.
Uma das principais medidas de segurança sugeridas pelo Serviço Geológico e que será adotada pelo trade turístico está no uso de capacetes, além do uso de coletes, por funcionários e turistas que passem pela Gruta do Talhado. A Gruta do Talhado é um local à parte dos passeios turísticos na região, por onde passam pequenos barcos, devido ao estreitamento das rochas. Por lá, as paredes ficam mais próximas dos turistas e quase que forma túneis sobre o Rio São Francisco.
De acordo com apurações feitas pela TV Gazeta, as medidas serão adotadas por empresas especializadas e deverão ser supervisionadas pela Capitania dos Portos.
O turismo cresce na região para quem busca viagens que fujam das famosas praias do Nordeste e buscam passeios diferentes. Em um ano, o local tem recebido cerca de 600 mil visitas, conforme informações da TV Gazeta.
Confira as 14 medidas de segurança sugeridas pelo Serviço Geológico:
1- Avaliar a remoção e/ou contenção de blocos soltos e instáveis localizados entre a borda e o topo dos paredões, acima de áreas onde é comum a presença humana.
2- Evitar a manutenção de estruturas de visitação, em locais que estejam a uma distância mínima menor que meia vez a altura do paredão.
3- Utilizar bóias flutuantes na demarcação de perímetros de interesse
4- Dar preferência a locais onde a face do paredão se afasta da margem do lago, com amplitudes reduzidas e inclinações mais suaves, para a implantação de novas áreas de banho
5- Manter o tráfego de embarcações a uma distância mínima de uma vez a altura do paredão
6- Evitar visitas e passeios em dias com elevadas previsões de precipitação
7- Criar um plano de contingência, para ser usado na eventualidade da ocorrência de acidentes
8- Promover campanhas de conscientização para os perigos intrínsecos ao ambiente, com divulgação de material orientativo
9- Adoção de equipamentos de proteção individual como capacetes, em locais que apresentem um teto rochoso, como a Furna do Morcego e a Gruta do Talhado
10. Desenvolver estudos geotécnicos e hidrológicos com a finalidade de embasar os projetos e/ou obras de contenção de encostas ou de blocos rochosos
11- Fiscalizar e proibir a construção ou visitação em áreas protegidas pela legislação vigente
12- Instalar sistema de alerta para as áreas suscetíveis
13- Fiscalizar e exigir que novos empreendimentos turísticos apresentem laudos técnicos ou estudos correlatos que autorizem a visitação turística ao local
14- Adequar os projetos de engenharia às condições geológicas e topográficas locais, evitando realizar escavações e aterros de grande porte.
*Com informações de TV Gazeta