Preço do pão francês vai subir e valor do quilo pode chegar a R$ 20 em Alagoas

Por redação com TNH1 14/03/2022 19h07 - Atualizado em 15/03/2022 12h12
Por redação com TNH1 14/03/2022 19h07 Atualizado em 15/03/2022 12h12
Preço do pão francês vai subir e valor do quilo pode chegar a R$ 20 em Alagoas
Pão francês - Foto: Reprodução

Os preços do pão francês e de outros produtos derivados do trigo devem subir nos próximos dias, em Alagoas. O aumento do preço dos combustíveis e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, responsável pela venda de 30% do trigo no mundo, devem contribuir diretamente para elevar o preço do quilo do pão para R$ 20. Atualmente, o valor praticado fica entre R$ 12 e R$ 17.

“Está havendo um aumento muito grande do trigo, além de outros insumos. Além disso, tivemos o aumento da energia elétrica e do gás, pois muitas panificações têm fornos a gás. Hoje, vender o quilo do pão abaixo de R$ 15 é prejuízo para o comerciante” explica Alfredo Dacal, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação, Confeitaria, Bolos, Bolachas, Biscoitos e Massas Alimentícias. “Além disso, recentemente concedemos aumento aos trabalhadores do setor, o que elevou muito os nosso custos”, completa.

“Nós não vamos conseguir segurar não só o preço do pão, mas da bolacha, bolos e dos produtos feitos com o trigo. Para você ter uma ideia, eu comprava um saco de trigo de 50 quilos por R$ 178, hoje ele está custando R$ 220 e deve subir ainda mais”, diz Lucas Tenório, dono de panificação e comerciante do setor.

Segundo ele, a alta nos preços dos combustíveis, principalmente do diesel, é outro fator que vai impactar diretamente no valor dos produtos feitos de trigo nas padarias. “Não podemos esquecer que os sacos de trigos chegam às panificações por meio de caminhões. O diesel aumentou e o valor do frete também vai subir”, disse Lucas.

Ainda de acordo com o presidente do Sindicato, Alfredo Dacal, a alta no preço do trigo e dos insumos podem ter como consequência fechamento de estabelecimentos e desemprego no setor de panificações. “Eu sou nordestino e sei muito bem que a população nessa crise pode trocar o pão por batata doce, inhame, cuscuz, como opção para reduzir os gastos, e isso pode afetar as nossas vendas diretamente”. disse Dacal. 

Ele vem incentivando e orientando donos de panificações a diversificarem seus produtos e não focar apenas na venda do pão, como forma de enfrentar a crise no setor.