Traficante preso pela PF em Maceió foi detido em hotel de luxo onde passaria a semana

Por redação com Gazetaweb 05/10/2021 17h05
Por redação com Gazetaweb 05/10/2021 17h05
Traficante preso pela PF em Maceió foi detido em hotel de luxo onde passaria a semana
Homem preso em Maceió - Foto: Reprodução

O homem preso pela Polícia Federal (PF) em Maceió, nesta terça-feira (5), é apontado como o “mais importante traficante de drogas do triângulo mineiro”. Segundo a polícia, ele foi preso em um hotel de luxo na capital alagoana, onde passaria a semana. Ele estava com a esposa.

Conforme apurou a reportagem, o preso Wesley Gonçalves da Silva, de 37 anos, é conhecido como “Wesley Agito”. A PF informou que ele é conhecido pelas viagens caras e pelo gosto refinado, além de ser famoso, segundo a polícia, por suas ostentações, fruto do dinheiro criminoso do tráfico de drogas.

A autoridade policial informou que o preso responde por crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa. Após ser submetido a exame de corpo de delito, ele foi encaminhado ao Sistema Prisional de Alagoas, onde permanecerá à disposição da Justiça.

A OPERAÇÃO BALADA


A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (5), em Uberlândia/MG, a Operação Balada, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico de drogas e de armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro.

Cerca de 850 policiais federais cumprem 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão, além de centenas de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas correntes, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo.

A organização operava um estruturado esquema de tráfico de drogas e preparava entorpecentes para comercialização, mediante o emprego de insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. No período de sete meses, foram comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína.

A droga era remetida dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, armazenada no Triângulo Mineiro e, posteriormente, distribuída a várias regiões do país, em especial os estados de Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

As investigações revelaram, também, que o grupo atuava no tráfico ilegal de armas de fogo de grosso calibre. No curso dos trabalhos, foi apreendido um carregamento de 08 fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, na cidade de Uberlândia. O armamento comercializado pelo grupo era adquirido no Mato Grosso do Sul, transportado para Uberlândia, e, posteriormente, destinado a grupos da região do Triângulo Mineiro, especializados no tráfico de drogas e roubos a banco, bem como a uma facção criminosa estabelecida no Rio de Janeiro/RJ.

Os investigados utilizavam veículos especialmente preparados para o transporte das armas, com emprego de batedores durante os seus deslocamentos. Para dissimular a origem criminosa do patrimônio acumulado, a organização criminosa utilizava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo.

Estima-se que mais de R$ 2 bilhões foram movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias e bens identificados foram bloqueados por determinação judicial, assim como aproximadamente uma centena de imóveis.

A operação foi batizada de balado devido os investigados ostentarem em redes sociais a organização de diversas festas de luxo, inclusive em outros países, realizando gastos elevados em tais eventos, com uso de iates e carros esportivos.