Casal que homenageou jogadores com 14 filhos ganha 1ª menina
Foram necessárias 15 tentativas para que a dona de casa Jucicleide Silva pudesse escolher o nome de uma filha. A "família erre", como é conhecida no interior da Bahia, agora tem 14 filhos com nomes de jogadores de futebol e uma menina. Todos eles dentro da tradição dos nomes iniciados com a letra "R".
A família reside em Conceição do Coité, cidade a 200 km de Salvador. No início da história, dona Jucicleide, hoje com 40 anos, e o marido, o agricultor Irineu Cruz, de 44, acordaram que os nomes dos filhos homens seriam escolhidos por ele e os das mulheres, por ela. O primeiro veio há 23 anos.
"Eu comecei com essa história quando vi Zagalo escalar a seleção brasileira e tinha seis jogadores com a letra R no time. Eu disse a minha mulher que chamaria meus filhos por nomes de jogadores e por aí foi", explicou Irineu ao UOL.
A esposa do agricultor aceitou o acordo desde que os nomes das filhas fossem escolhidos por ela. "Eu disse com uma certeza danada que logo teria uma menina, mas aí foi vindo menino atrás de menino. Aí, disse a ele que a gente só ia parar de fazer filhos quando chegasse uma filha", brincou dona Jucicleide.
Quinze filhos depois, a escalação da "família erre" finalmente foi concluída com a chegada da pequena Raiane.
"Dessa vez, minha mulher escolheu o nome. Promessa é promessa e eu cumpri a minha. E ela ainda manteve a tradição dos erres", ressaltou o agricultor.
Agora, o time de futebol de seu Irineu e dona Jucicleide segue a seguinte escalação:
Raiane, Rodrigo, Ronaldo, Robson, Reinan, Rauan, Rubens, Rivaldo, Ruan, Ramon, Rincon, Riquelme, Ramires, Railson e Rafael.
Após o parto de Raiane, dona Jucicleide ligou as trompas e "encerrou a fábrica". "Eu tinha certeza que seria menino, mas avisei que, se fosse, seria muito feliz. Mas veio uma menina e fiquei muito mais feliz. Agora, a família está completa", disse.
Com o casal, ainda moram 12 filhos. Os três mais velhos já casaram e deixaram a casa dos pais. A família atualmente vive de bicos e do Bolsa Família por causa da falta de empregos provocada pela pandemia do novo coronavírus.