Aos 73 anos, cantora Vanusa morre em casa de repouso no Litoral Paulista

Por Redação com G1 08/11/2020 08h08 - Atualizado em 08/11/2020 08h08
Por Redação com G1 08/11/2020 08h08 Atualizado em 08/11/2020 08h08
Aos 73 anos, cantora Vanusa morre em casa de repouso no Litoral Paulista
Cantora Vanusa - Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo/Arquivo

Morreu, na manhã deste domingo, 08, a cantora Vanusa, aos 73 anos. A artista estava morando, há dois anos, em uma casa de repouso, em Santos, no Litoral de São Paulo.

De acordo com informações obtidas pela reportagem, a causa da morte teria sido insuficiência respiratória.

Um enfermeiro da casa de repouso percebeu, por volta das 5h30, ela estava sem batimentos cardíacos, acionou uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas Vanusa já estava em óbito.

Ontem, sábado, 07, a cantora havia sido visitada pela filha mais velha, Amanda. Segundo funcionários, ela cantou, brincou, riu, se alimentou bem.

Rafael Vannucci, filho da artista, está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro e mais informações serão repassadas até o fim do dia.

Nos meses de agosto e setembro, Vanusa ficou internada no Complexo Hospitalar dos Estivadores, em Santos.

Sobre Vanusa

Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de setembro de 1947 na cidade de Cruzeiro (SP), mas foi criada em Uberaba (MG).

Com mais de 20 discos lançados ao longo da carreira, e 3 mais de milhões de cópias vendidas, a cantora e compositora era mais identificada com a canção popular do que com a MPB, mas flutuou entre gêneros como rock, funk americano e samba.

Aos 16 anos, cantava com o grupo Golden Lions. Em 1966, fez sucesso com a canção “Pra nunca mais chorar” e passou a se apresentar na TV Excelsior. Na mesma época, participou das últimas edições do programa da Jovem Guarda. Pouco depois, se juntou ao elenco do programa humorístico “Adoráveis trapalhões”, com Renato Aragão.

Nos anos 1970, emendou sucessos como “Manhãs de setembro”, que escreveu em parceria com seu parceiro frequente Mário Campanha, e baladas como "Sonhos de um palhaço", de Antonio Marcos e Sérgio Sá, e "Paralelas", de Belchior.

Em 1972, se casou com Antonio Marcos. O cantor participou diretamente da carreira de Vanusa com outras músicas, como “Coração americano”, escrita com Fagner. A música faz parte de um dos melhores discos da cantora, “Amigos novos e antigos”, lançado em 1975.

Na mesma década, ainda esteve no elenco de montagem do musical “Hair”.

Em 1977, lançou com o cantor Ronnie Von o LP “Cinderela 77”, trilha sonora da com o mesmo nome da TV Tupi.

Nas décadas seguintes, manteve a carreira ativa com o lançamento de discos e participações em diversos festivais de música no país e no exterior, como Uruguai, Coreia do Sul e Chile.

Contou sua vida na da autobiografia “Ninguém é mulher impunemente” e no monólogo musical "Ninguém é loura por acaso”, que estreou no teatro em 1999 em São Paulo.

Em 2005, participou ainda de eventos e shows comemorativos dos 40 anos da Jovem Guarda.