Médico diz que menina estuprada pelo tio está 'aliviada' e quer 'recuperar sua vida
O médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, diretor do hospital em Recife onde a menina de 10 anos do Espírito Santo realizou aborto após engravidar como resultado de estupro, disse à Globo News que ela está se sentindo "aliviada" após o fim do procedimento.
"Ela está bem aliviada. O sofrimento nesses últimos dias foi terrível, as ameaças que ela sofreu. Eu espero que esse sofrimento daqui para a frente seja atenuado, e vai depender muito de como o caso vai ser conduzido, respeitando o sigilo, para que ela possa recuperar a sua vida", disse.
Mais cedo, ao Bom Dia ES, o médico contou que a menina estava em um quarto com a avó e uma assistente social. Ele elogiou a equipe do hospital, citando especialmente os profissionais que faziam a acompanhamento psicológico da paciente.
O Dr. Barbosa criticou também o vazamento do nome da menina e do hospital onde seria tratada ? informações divulgadas pela militante de extrema direita Sara Winter, pelo Twitter.
"Neste caso houve uma [segunda] violência, que foi a quebra do sigilo da identidade da criança, e isso não deve acontecer. Temos que proteger a criança. Ela tem um futuro de vida pela frente, não pode ser exposta", afirmou.
Ética médica
O doutor falou ainda sobre a recusa dos médicos do Huscam (Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes), do Espírito Santo, em realizar o procedimento. Os profissionais alegaram que não tinham protocolo para interromper uma gravidez avançada como a da menina.
"O código de ética médico permite a objeção de consciência verdadeira, isso acontece. Mas ele [o médico] tem a obrigação também de não inviabilizar o direito a saúde. Deve ser dada uma opção, não pode ser negada", explicou.
O médico comentou também que a "consciência" de um profissional de saúde muda com o tempo. "A gente vai entendendo o sofrimento, mudando o pensamento, e faz parte do crescimento humano. Quando você tem acesso, vê na prática o que é esse sofrimento, você muda", disse.
'Ato de tortura'
Para o Dr, Barbosa e sua equipe, manter a gravidez de uma criança contra a sua vontade e a vontade da família seria "um ato de tortura". "Colocaria em risco a vida da paciente, ou no mínimo a sua saúde mental", definiu.
"Infelizmente, o estupro é muito comum no Brasil, e, mais triste ainda, com crianças. Lamento muito que muitas pessoas não tenham acesso a informação. Então tem crianças sendo violentadas, engravidando e levando a gravidez até o termo. Muitas vezes só ficamos sabendo [por causa] de complicações. É sabido também que a principal causa de suicídio em adolescentes é a gravidez indesejada", finalizou.
"Ela está bem aliviada. O sofrimento nesses últimos dias foi terrível, as ameaças que ela sofreu. Eu espero que esse sofrimento daqui para a frente seja atenuado, e vai depender muito de como o caso vai ser conduzido, respeitando o sigilo, para que ela possa recuperar a sua vida", disse.
Mais cedo, ao Bom Dia ES, o médico contou que a menina estava em um quarto com a avó e uma assistente social. Ele elogiou a equipe do hospital, citando especialmente os profissionais que faziam a acompanhamento psicológico da paciente.
O Dr. Barbosa criticou também o vazamento do nome da menina e do hospital onde seria tratada ? informações divulgadas pela militante de extrema direita Sara Winter, pelo Twitter.
"Neste caso houve uma [segunda] violência, que foi a quebra do sigilo da identidade da criança, e isso não deve acontecer. Temos que proteger a criança. Ela tem um futuro de vida pela frente, não pode ser exposta", afirmou.
Ética médica
O doutor falou ainda sobre a recusa dos médicos do Huscam (Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes), do Espírito Santo, em realizar o procedimento. Os profissionais alegaram que não tinham protocolo para interromper uma gravidez avançada como a da menina.
"O código de ética médico permite a objeção de consciência verdadeira, isso acontece. Mas ele [o médico] tem a obrigação também de não inviabilizar o direito a saúde. Deve ser dada uma opção, não pode ser negada", explicou.
O médico comentou também que a "consciência" de um profissional de saúde muda com o tempo. "A gente vai entendendo o sofrimento, mudando o pensamento, e faz parte do crescimento humano. Quando você tem acesso, vê na prática o que é esse sofrimento, você muda", disse.
'Ato de tortura'
Para o Dr, Barbosa e sua equipe, manter a gravidez de uma criança contra a sua vontade e a vontade da família seria "um ato de tortura". "Colocaria em risco a vida da paciente, ou no mínimo a sua saúde mental", definiu.
"Infelizmente, o estupro é muito comum no Brasil, e, mais triste ainda, com crianças. Lamento muito que muitas pessoas não tenham acesso a informação. Então tem crianças sendo violentadas, engravidando e levando a gravidez até o termo. Muitas vezes só ficamos sabendo [por causa] de complicações. É sabido também que a principal causa de suicídio em adolescentes é a gravidez indesejada", finalizou.
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