Vigilância Sanitária alerta que consumo da carne de baleia encalhada em Salvador pode trazer riscos à saúde
Um vídeo divulgado em redes sociais mostram algumas pessoas fazendo um churrasco com a carne da baleia que morreu ao encalhar no bairro de Coutos, no subúrbio de Salvador. O animal tinha 39 toneladas e morreu na manhã de sexta-feira (30).
"Olha aqui que viagem. Carne de baleia. Tá ligado? Não passa nada", diz um homem que aparece no vídeo fazendo o churrasco.
Pescadores que trabalham na região contaram que, desde que a baleia morreu, muitas pessoas estiveram na praia para pegar a carne do animal e levar para casa.
"Foi muita gente, foi uma novidade. Não [consumi] porque não sabemos o que aconteceu para ela [baleia] parar aqui", disse o pescador Luís.
Durante entrevista para a TV Bahia, um dos moradores do bairro afirmou que a carne do animal parece com a de vaca.
"Parece carne de vaca. Parece [o corte de] cruz machado. Quando a gente vê o animal se debatendo fica com pena do animal. Para pegar com consumo é difícil", disse um dos moradores.
Uma outra moradora, que também pegou a carne da baleia, afirmou que usaria para alimentar os cachorros.
"Peguei para cozinhar para o cachorro. Ninguém come aqui não. Deus é mais", disse.
Segundo Erivaldo Queiroz, fiscal da Vigilância Sanitária, as pessoas que consomem a carne correm o risco de contaminação por alguma toxina.
"É um risco grande. Antes de morrer, a baleia já vinha agonizando, com problema de saúde. Esse animal traz micro-organismos de onde ele veio anteriormente. Essas pessoas que vão consumir a carne podem ter problemas de saúde. Pode ser uma leve diarreia, uma indisposição, mas pode ser um processo mais grave de intoxicação", informou.
Queiroz alerta que, apesar das altas temperaturas durante o cozimento, o risco de liberação de micro-organismos é grande.
"Mesmo que a carne seja assada ou cozida, os micro-organismos liberam, muitas vezes, toxinas. Muitas vezes elas não se deterioram com a temperatura. Como é um animal que a gente não costuma se alimentar, é um carne diferente do que a gente está acostumado, a Vigilância Sanitária recomenda que não se alimente com ela", completou.
Caso
A baleia, um animal adulto com cerca de 15 metros de comprimento e 39 toneladas, foi encontrada com vida, na sexta-feira (30). Os moradores tentaram ajudar jogando água nela, e equipes do Instituto Baleia Jubarte também prestaram atendimento, mas o animal morreu horas depois.
No fim da tarde de segunda, a baleia foi levada para a praia de Tubarão, que fica na mesma região, para facilitar a retirada do animal. Cerca de 10 toneladas já foram removidas desde o sábado (31).
O reboque foi feito com uso de um barco, depois de algumas tentativas sem sucesso de remover o animal diretamente de Coutos, por conta da dimensão da baleia e também do difícil acesso à praia.
Na quinta-feira, outra jubarte já havia sido encontrada morta na praia de Plataforma, a cerca de 8 km de Coutos.
No sábado, moradores chegaram a pegar pedaços de carne do animal, para consumo.
Por conta da decomposição do animal, moradores do entorno relataram muito mau cheiro e medo de doenças, na segunda-feira (2).
"Olha aqui que viagem. Carne de baleia. Tá ligado? Não passa nada", diz um homem que aparece no vídeo fazendo o churrasco.
Pescadores que trabalham na região contaram que, desde que a baleia morreu, muitas pessoas estiveram na praia para pegar a carne do animal e levar para casa.
"Foi muita gente, foi uma novidade. Não [consumi] porque não sabemos o que aconteceu para ela [baleia] parar aqui", disse o pescador Luís.
Durante entrevista para a TV Bahia, um dos moradores do bairro afirmou que a carne do animal parece com a de vaca.
"Parece carne de vaca. Parece [o corte de] cruz machado. Quando a gente vê o animal se debatendo fica com pena do animal. Para pegar com consumo é difícil", disse um dos moradores.
Uma outra moradora, que também pegou a carne da baleia, afirmou que usaria para alimentar os cachorros.
"Peguei para cozinhar para o cachorro. Ninguém come aqui não. Deus é mais", disse.
Segundo Erivaldo Queiroz, fiscal da Vigilância Sanitária, as pessoas que consomem a carne correm o risco de contaminação por alguma toxina.
"É um risco grande. Antes de morrer, a baleia já vinha agonizando, com problema de saúde. Esse animal traz micro-organismos de onde ele veio anteriormente. Essas pessoas que vão consumir a carne podem ter problemas de saúde. Pode ser uma leve diarreia, uma indisposição, mas pode ser um processo mais grave de intoxicação", informou.
Queiroz alerta que, apesar das altas temperaturas durante o cozimento, o risco de liberação de micro-organismos é grande.
"Mesmo que a carne seja assada ou cozida, os micro-organismos liberam, muitas vezes, toxinas. Muitas vezes elas não se deterioram com a temperatura. Como é um animal que a gente não costuma se alimentar, é um carne diferente do que a gente está acostumado, a Vigilância Sanitária recomenda que não se alimente com ela", completou.
Caso
A baleia, um animal adulto com cerca de 15 metros de comprimento e 39 toneladas, foi encontrada com vida, na sexta-feira (30). Os moradores tentaram ajudar jogando água nela, e equipes do Instituto Baleia Jubarte também prestaram atendimento, mas o animal morreu horas depois.
No fim da tarde de segunda, a baleia foi levada para a praia de Tubarão, que fica na mesma região, para facilitar a retirada do animal. Cerca de 10 toneladas já foram removidas desde o sábado (31).
O reboque foi feito com uso de um barco, depois de algumas tentativas sem sucesso de remover o animal diretamente de Coutos, por conta da dimensão da baleia e também do difícil acesso à praia.
Na quinta-feira, outra jubarte já havia sido encontrada morta na praia de Plataforma, a cerca de 8 km de Coutos.
No sábado, moradores chegaram a pegar pedaços de carne do animal, para consumo.
Por conta da decomposição do animal, moradores do entorno relataram muito mau cheiro e medo de doenças, na segunda-feira (2).
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