Em Maceió, vacinação contra a gripe não será aberta a toda a população

Por Redação com Gazetaweb.com 03/06/2019 13h01 - Atualizado em 03/06/2019 16h04
Por Redação com Gazetaweb.com 03/06/2019 13h01 Atualizado em 03/06/2019 16h04
Em Maceió, vacinação contra a gripe não será aberta a toda a população
Foto: Divulgação
Apesar da expansão anunciada pelo Ministério da Saúde (MS), a vacinação contra a gripe em Maceió não será aberta a toda a população, o que, segundo o órgão federal, começa a acontecer em diversas partes do Brasil a partir desta segunda-feira (3). Na capital alagoana, apenas os grupos prioritários que já estavam previstos anteriormente continuam recebendo as doses.

De acordo com a gerente do Programa Nacional de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (PNI/SMS), Eunice Amorim, isso se dá devido à alta procura do público-alvo. "Maceió teve um movimento bem significativo desde quinta-feira passada, uma procura muito grande para vacinação, por isso o Município decidiu não estender a vacinação para a população em geral", afirma.

A coordenadora acrescenta que apenas no domingo a capital alcançou a meta preconizada pelo MS. "Maceió conseguiu atingir a meta ontem, ultrapassando os 90%. Isso significa que as pessoas que fazem parte do público-alvo ainda estão procurando a vacinação e precisamos garantir que elas sejam vacinadas, além de que não recebemos nenhum adicional de vacina".

Eunice explica que a secretaria recebeu a quantidade de doses relativa apenas aos grupos prioritários. "Se o Ministério sinalizar que vai mandar um adicional, vamos rever a situação e decidir se expandiremos ou não", expõe. "Existe uma orientação do MS de que, se tiver atingido a meta e ainda tiver vacina, pode-se abrir para a população, mas não recebemos adicional e ainda tem gente do público-alvo procurando".

Segundo a gerente do PNI, até a manhã desta segunda-feira, 232.085 pessoas haviam sido imunizadas na capital alagoana. Devem tomar a vacina crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas (mães que deram à luz há menos de 45 dias), idosos, profissionais de saúde, professores da rede pública ou privada, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e pessoas privadas de liberdade.

"Estamos fazendo uma mobilização, indo em busca dessa população-alvo, e pedimos que as pessoas desses grupos atendam o chamamento durante a campanha. Existe um período certo para que ocorra a vacinação e é importante cumprir esse calendário", ressalta Eunice, acrescentando que, apesar de o Município ter atingido a meta, alguns grupos continuam abaixo dela. "Em alguns grupos, já chegamos a 100%, mas em outros não conseguimos alcançar ainda os 90%".

A escolha do público-alvo é determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Considerada a maneira mais eficaz de evitar a infecção, a vacina da gripe protege contra os três subtipos do vírus mais comuns no Hemisfério Sul, incluindo o H1N1, o que mais provoca mortes no país.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

VACINAÇÃO CONTRA A INFLUENZA CONTINUA PARA O PÚBLICO PRIORITÁRIO


"A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que a Campanha de Vacinação contra a Influenza foi encerrada na última sexta-feira (31/05), quando Alagoas vacinou 93,44% do público-alvo, superando a meta mínima de 90%. O Ministério da Saúde (MS) recomendou que, a partir desta segunda (03/06) os municípios - que são os executores da vacinação - ampliem a campanha para toda a população, entretanto, o Ministério não enviou mais doses da vacina. Diante desta realidade, a Sesau e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL) decidiram por continuar vacinando o público prioritário, que são os trabalhadores da saúde, indígenas, idosos, professores, portadores de comorbidades, pessoas privadas de liberdade, trabalhadores do sistema prisional, policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das forças armadas, crianças maiores de seis meses a menores e seis anos (cinco anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até o 45º dia após o parto), até que a cobertura desses grupos seja alcançada, ampliando para outros segmentos somente quando houver estoque o que é pouco provável, considerando que o quantitativo distribuído foi baseado na estimativa desses grupos."