Maternidade Santa Mônica, em Maceió, suspende cirurgias eletivas por falta de leitos

Por Redação com G1/AL 22/05/2019 13h01 - Atualizado em 22/05/2019 16h04
Por Redação com G1/AL 22/05/2019 13h01 Atualizado em 22/05/2019 16h04
Maternidade Santa Mônica, em Maceió, suspende cirurgias eletivas por falta de leitos
Mulheres ficam em cadeiras, pelos corredores, na Maternidade Santa Mônica, em Maceió - Foto: Reprodução/TV Gazeta
A Maternidade Escola Santa Mônica, em Maceió, que é referência no atendimento a gestantes de alto risco no estado, suspendeu as cirurgias ginecológicas eletivas (pré-agendadas) por causa da falta de leitos disponíveis no pós-operatório. A unidade registra superlotação há dias.

Por meio de nota encaminhada à TV Gazeta, a Santa Mônica informou que "tão logo o quadro de superlotação seja solucionado, as cirurgias serão realizadas" (leia na íntegra ao final do texto).

O problema veio a público depois que o Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) denunciou condições precárias de funcionamento, superlotação e até o surgimento de escorpiões no hospital. Por falta de leitos, gestantes são acomodadas em cadeiras e nos corredores.

A Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), responsável pela maternidade, informou que o quadro de superlotação é registrado desde o último dia 13, mas que vem trabalhando para normalizar a situação.

Nesta manhã, apenas uma gestante foi transferida da Santa Monica para o Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, porque o HU também está com sua capacidade esgotada.

A Coordenação do Complexo Regulador de Maceió (Cora), responsável pelo encaminhamento de pacientes da rede pública de saúde, esclareceu por meio de nota que "não há fila de espera para gestantes e reforça que cada caso é resolvido de imediato e diretamente com a Unidade onde a gestante está internada. O Cora, inclusive, tem o aval da gestão para a contratação de leito particular, caso não seja possível resolver o problema nas unidades vinculadas, de modo que nenhuma gestante fica sem atendimento".

Nota à TV Gazeta

"A Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) informa que continua com o quadro de superlotação e que todas medidas possíveis para solucionar o problema já foram adotadas, tais quais:

Está garantindo a assistência da equipe multiprofissional e dos procedimentos necessários para as cinco (5) gestantes de alto risco internas fora de leitos (em cadeiras), até o surgimento de leitos vagos ou transferência.

Informou a situação atual aos órgãos ligados à Rede de Atenção à Gestante e ao bebê.

Sobre a possibilidade de mudança do quadro de superlotação a maternidade salienta que:

Na manhã desta quarta-feira (22) o CORA conseguiu transferir apenas uma paciente de alto risco, justificando que a outra maternidade de alto risco do Estado (Hospital Universitário Professor Alberto Antunes) também está com sua capacidade esgotada.

Sobre as cirurgias ginecológicas eletivas (pré-agendadas) a mesma informa que foram suspensas por não ter leito disponível para manter a paciente no pós-operatório. E ainda que, tão logo o quadro de superlotação seja solucionado, as cirurgias serão realizadas."


Leia abaixo a íntegra da nota do CORA:

"A Coordenação de Complexo Regulador de Maceió (Cora) esclarece que o município tem vinculação com dois hospitais de referência para gestantes de alto risco, o Hospital Universitário e a Maternidade Escola Santa Mônica, que são responsáveis por atender a toda a 1ª Macrorregião de Alagoas, que compreende Maceió e diversos municípios do interior.

Em casos de superlotação em um dos dois serviços e tendo uma gestante de alto risco que precisa ser encaminhada, a posição do Cora é analisar caso a caso, entrar em contato com os plantonistas, colher a história clínica dos pacientes e tentar viabilizar a internação por meio de trocas com gestantes de baixo risco que possam ser atendidos nos demais hospitais vinculados à rede. Além disso, os profissionais de saúde desses hospitais tentam diminuir as situações de risco dessas gestantes nos próprios serviços onde estão sendo atendidas.

A Coordenação de Complexo Regulador de Maceió (Cora) esclarece ainda que não há fila de espera para gestantes e reforça que cada caso é resolvido de imediato e diretamente com a Unidade onde a gestante está internada. O Cora, inclusive, tem o aval da gestão para a contratação de leito particular, caso não seja possível resolver o problema nas unidades vinculadas, de modo que nenhuma gestante fica sem atendimento."