Alunos, pais e professores de institutos federais do RJ protestam contra corte de verbas
Alunos, pais e professores de colégios federais do Rio de Janeiro realizaram, na manhã desta segunda-feira (6), um protesto em frente ao Colégio Militar do Rio de Janeiro, na Tijuca, Zona Norte. Lá, o presidente Jair Bolsonaro participou de solenidade de comemoração pelos 130 anos da instituição.
Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de verba de 30% das universidades e institutos federais. Entre eles, o Colégio Pedro II (CPII), um dos mais tradicionais da cidade, com 13 mil alunos. O ingresso a um dos 14 câmpus é por concurso, sempre disputado.
Além do CPII, participam do ato estudantes do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), da Fundação Osório e do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ).
Nem os manifestantes, nem a Polícia Militar tinham informado estimativa de público até as 10h.
Impactos no trânsito
Por volta das 9h, a Rua São Francisco Xavier foi interditada ao trânsito. A via tinha bloqueios até a altura da Avenida Maracanã, por onde estava sendo feito um desvio. Havia reflexos no trânsito até a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Às 9h30, a melhor opção para motoristas que saíam em direção ao Centro da cidade era seguir pelas ruas Visconde de Niterói, Conde de Bonfim ou Haddock Lobo.
Reclamações
Para Davi Marques da Costa, pai de uma aluna do 8º ano do Colégio de Aplicação da UFRJ (CAP-UFRJ), o corte representa o descumprimento das promessas do presidente durante a campanha eleitoral.
"Ele falou em campanha que ia dar ênfase para a educação de base e ensino médio, e isso ele não fez. Cortar verba da UFRJ é cortar verba em outros setores. A UFRJ tem hospital, ele também corta verba do hospital, tem centro de pesquisa de ponta do RJ”, criticou Davi.
Desde o início da manhã, Davi estava entre os pais que se juntaram aos filhos no ato contra o corte de verbas. “O CAp UFRJ, assim como CPII, tem muitos professores substitutos, que são temporários. Hoje, já passam de 60% no CAp-UFRJ, por exemplo. A verba para pagamento dessa pessoa vem do custeio. Se cortar, vai faltar professor”, afirmou.
Em um comunicado divulgado na quinta-feira (2), diretores do CPII disseram que o corte de 36,37% é tão grande que terá "implicações devastadoras" e "consequências para a manutenção" da instituição.
Segundo a nota, a redução feita pelo governo federal é de 36,37% do orçamento de R$ 51 milhões. O corte foi informado na tarde de quinta-feira (2) aos diretores do CPII.
Com isso, o estabelecimento vai perder mais de R$ 18 milhões para o custeio das unidades. No Rio de Janeiro, são oito câmpus, que atendem alunos da educação infantil ao ensino médio.
A professora de sociologia Janecleide Aguiar, do Colégio Pedro II de São Cristóvão, afirma que, como servidora, apoia o momento estudantil contra o corte de verba na educação.
"Como professora de sociologia, a gente tenta pensar essa realidade social. A gente não faz doutrinação na escola. A gente traz um debate importante com embasamento teórico, discutindo questões estruturais na sociedade”, garantiu.
Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de verba de 30% das universidades e institutos federais. Entre eles, o Colégio Pedro II (CPII), um dos mais tradicionais da cidade, com 13 mil alunos. O ingresso a um dos 14 câmpus é por concurso, sempre disputado.
Além do CPII, participam do ato estudantes do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ), do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ), da Fundação Osório e do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ).
Nem os manifestantes, nem a Polícia Militar tinham informado estimativa de público até as 10h.
Impactos no trânsito
Por volta das 9h, a Rua São Francisco Xavier foi interditada ao trânsito. A via tinha bloqueios até a altura da Avenida Maracanã, por onde estava sendo feito um desvio. Havia reflexos no trânsito até a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Às 9h30, a melhor opção para motoristas que saíam em direção ao Centro da cidade era seguir pelas ruas Visconde de Niterói, Conde de Bonfim ou Haddock Lobo.
Reclamações
Para Davi Marques da Costa, pai de uma aluna do 8º ano do Colégio de Aplicação da UFRJ (CAP-UFRJ), o corte representa o descumprimento das promessas do presidente durante a campanha eleitoral.
"Ele falou em campanha que ia dar ênfase para a educação de base e ensino médio, e isso ele não fez. Cortar verba da UFRJ é cortar verba em outros setores. A UFRJ tem hospital, ele também corta verba do hospital, tem centro de pesquisa de ponta do RJ”, criticou Davi.
Desde o início da manhã, Davi estava entre os pais que se juntaram aos filhos no ato contra o corte de verbas. “O CAp UFRJ, assim como CPII, tem muitos professores substitutos, que são temporários. Hoje, já passam de 60% no CAp-UFRJ, por exemplo. A verba para pagamento dessa pessoa vem do custeio. Se cortar, vai faltar professor”, afirmou.
Em um comunicado divulgado na quinta-feira (2), diretores do CPII disseram que o corte de 36,37% é tão grande que terá "implicações devastadoras" e "consequências para a manutenção" da instituição.
Segundo a nota, a redução feita pelo governo federal é de 36,37% do orçamento de R$ 51 milhões. O corte foi informado na tarde de quinta-feira (2) aos diretores do CPII.
Com isso, o estabelecimento vai perder mais de R$ 18 milhões para o custeio das unidades. No Rio de Janeiro, são oito câmpus, que atendem alunos da educação infantil ao ensino médio.
A professora de sociologia Janecleide Aguiar, do Colégio Pedro II de São Cristóvão, afirma que, como servidora, apoia o momento estudantil contra o corte de verba na educação.
"Como professora de sociologia, a gente tenta pensar essa realidade social. A gente não faz doutrinação na escola. A gente traz um debate importante com embasamento teórico, discutindo questões estruturais na sociedade”, garantiu.
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