Rui Palmeira classifica como insano corte de R$ 2,4 bilhões na educação básica

Por Redação com Gazetaweb 06/05/2019 13h01 - Atualizado em 06/05/2019 16h04
Por Redação com Gazetaweb 06/05/2019 13h01 Atualizado em 06/05/2019 16h04
Rui Palmeira classifica como insano corte de R$ 2,4 bilhões na educação básica
Rui Palmeira critica congelamento de recursos na Educação Básica pelo Governo Federal - Foto: Larissa Bastos/Gazetaweb
O congelamento de, ao menos, R$ 2,4 bilhões na educação infantil e no ensino médio, pelo Governo Federal, surpreendeu muita gente, a exemplo do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, que classificou a atitude como uma "insanidade". Rui teme que a decisão agrave a situação das contas do município.

De acordo com ele, os cortes feitos até agora já foram muito duros. "Não dá para gente acreditar que um país tenha futuro com este tipo de corte, de forma desordenada, desorganizada e sem o menor sentido", criticou.

A postura do Ministério da Educação (MEC), no sábado (4), contraria não apenas o plano de governo do presidente, como também o polêmico argumento, muito recente, de Jair Bolsonaro, sobre a destinação do montante economizado com as universidades e institutos federais, valor que, segundo ele, seria gasto no ensino básico.

Dados revelam que o congelamento na educação básica foi maior do que o congelamento na educação superior. Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior mostra que o MEC bloqueou pelo menos R$ 2,4 bilhões para investimentos em programas do ensino infantil ao médio. Já o bloqueio nas universidades e institutos federais foi de R$ 2,2 bilhões.

Surpreso com a atitude do presidente, Rui Palmeira criticou o fato e disse que, antes mesmo desta decisão, já havia um subfinanciamento em diversas áreas da educação básica, citando a merenda como exemplo.

"O Governo Federal coloca um valor que não é reajustado há quatro anos e os municípios têm que bancar 60% do valor da merenda. Já há uma inversão. O Governo Federal deveria bancar a merenda e o município entrar com uma pequena contrapartida, mas isso já se inverteu ao longo da última década e isso vai agravando a situação das contas do município", criticou.

"Quem vai ser penalizado com isso são as famílias que mais precisam, crianças que muitas vezes não têm nem alimentação em casa e acabam tendo na escola. São crianças vulneráveis ao crime. Ao longo dos últimos anos, o Mais Educação era um recurso para que mantivéssemos as crianças nos dois turnos e também já foi cortado. O Governo Federal bancava 48 escolas, dois anos atrás passou para 10 e agora nenhuma. O município já está arcando com isso com recurso próprio, para que as crianças dessas 48 escolas fiquem em tempo integral", finalizou.