Construtoras suspeitas de crime tributário ficam no mesmo endereço em Arapiraca

Por Redação com Gazetaweb 14/03/2019 12h12 - Atualizado em 14/03/2019 15h03
Por Redação com Gazetaweb 14/03/2019 12h12 Atualizado em 14/03/2019 15h03
Construtoras suspeitas de crime tributário ficam no mesmo endereço em Arapiraca
As duas companhias estão sediadas na Rua Nossa Senhora do Ó, no bairro Brasília, em Arapiraca - Foto: Divulgação/MPE/AL
Alvo de operação do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), nesta quinta-feira (14), as construtoras SL EIrelli e ALazão Eirelli aparecem como ativas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica. Uma consulta em sites de CNPJ mostra que os responsáveis pelas empresas são Jean Carlos De Oliveira Silva, da ALazão, e Joel Pereira Silva, da SL.

Com capital social de R$ 1 milhão, as duas companhias foram abertas em 2013 e estão sediadas no mesmo local, na Rua Nossa Senhora do Ó, no bairro Brasília, em Arapiraca. Apenas as salas são diferentes: enquanto a Alazão ocupa a 8 e a 9, a SL está na 2 e na 3. Ambas apresentam como atividade principal a construção de edifícios.

Entre as secundárias estão coleta de resíduos não-perigosos, construção de rodovias e ferrovias e de redes de abastecimento de água, obras de urbanização ruas, praças e calçadas e serviços de pintura. Também aparecem na lista transporte escolar, transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, municipal.

As duas empresas são alvo da operação Midas, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público Estadual de Alagoas. Alvo de 14 mandados de busca e apreensão, elas são acusadas de crimes tributários, lavagem de capitais, organização criminosa e falsidade ideológica.

Segundo o MPE, as construtoras possuem contratos com diversos municípios alagoanos, mas não possuem funcionários e maquinários suficientes para prestar os serviços conforme prevê a legislação. O Gaesf aponta ainda uma "grande confusão patrimonial, jurídica e contábil entre elas".

Após as diligências, o Ministério Público e a Polícia Civil "analisarão os elementos colhidos para posterior encaminhamento dos autos à 17ª Vara Criminal, que tem competência para atuar no combate ao crime organizado em Alagoas", explicou o Gaesf.