Vale sabia do risco de rompimento da barragem, aponta investigação
Os depoimentos colhidos pela força-tarefa que investiga o rompimento de barragem da Vale em Brumadinho (MG), que deixou um rastro de destruição e morte, apontam que a tragédia não foi um acidente.
Conforme matéria do Fantástico, nesse domingo (10), a partir do que disseram as 59 pessoas ouvidas até agora, entre testemunhas e investigados, é possível afirmar que a mineradora sabia sobre os indícios de ruptura da estrutura.
“As investigações, até o momento, demonstram que não foi um acidente”, disse o promotor de Justiça William Coelho.
Não é o que diz a empresa. “A Vale é uma empresa extraordinária, e é uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em uma de suas barragens”, disse o presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, no dia 14 de fevereiro.
A Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contestam. “A força-tarefa trabalha com o ano de 2017 em que já há demonstração que a empresa já tinha ciência de indício de ruptura da barragem”, afirmou o delegado Bruno Cabral.
A responsável técnica pela barragem, Cristina Malheiros, contou, em depoimento, que em 2017 participou de evento organizado pela Vale em que uma consultora mostrou que a barragem tinha uma margem de segurança muito baixa.
“Ela me reportou que preocupava que um sismo pudesse ser alguma coisa que gerasse liquefação, qualquer coisa que lá na estrutura gerasse, a gente poderia ter algum problema”, disse Cristina.
Segundo a investigação, ao saber do risco, em vez de tomar medidas concretas, a Vale apostou em outros métodos para calcular a estabilidade da barragem.
“Nós percebemos um esforço em alterar ou promover outras metodologias que aumentassem esse valor de segurança, o que não ocorreu”, disse o promotor de Justiça.
O último balanço, divulgado na sexta-feira (8), dava conta de 197 mortos e 111 pessoas ainda desaparecidas na tragédia.
“As investigações, até o momento, demonstram que não foi um acidente”, disse o promotor de Justiça William Coelho.
Não é o que diz a empresa. “A Vale é uma empresa extraordinária, e é uma joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em uma de suas barragens”, disse o presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, no dia 14 de fevereiro.
A Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contestam. “A força-tarefa trabalha com o ano de 2017 em que já há demonstração que a empresa já tinha ciência de indício de ruptura da barragem”, afirmou o delegado Bruno Cabral.
A responsável técnica pela barragem, Cristina Malheiros, contou, em depoimento, que em 2017 participou de evento organizado pela Vale em que uma consultora mostrou que a barragem tinha uma margem de segurança muito baixa.
“Ela me reportou que preocupava que um sismo pudesse ser alguma coisa que gerasse liquefação, qualquer coisa que lá na estrutura gerasse, a gente poderia ter algum problema”, disse Cristina.
Segundo a investigação, ao saber do risco, em vez de tomar medidas concretas, a Vale apostou em outros métodos para calcular a estabilidade da barragem.
“Nós percebemos um esforço em alterar ou promover outras metodologias que aumentassem esse valor de segurança, o que não ocorreu”, disse o promotor de Justiça.
O último balanço, divulgado na sexta-feira (8), dava conta de 197 mortos e 111 pessoas ainda desaparecidas na tragédia.
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