COSEMS afirma que mais de 500 mil alagoanos ficarão desassistidos com fim do “Mais Médicos”
Uma nota enviada, nesta quinta-feira (15), pelo Conselho de secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (COSEMS), alertou para o risco que a população alagoana corre com o fim do “Programa Mais Médicos”, que é uma cooperação técnica entre a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Governo de Cuba.
Em nota, o COSEMS afirma que 528 mil pessoas podem ficar desassistidas na Atenção Básica. O “Mais médicos” atende 70 municípios do alagoanos, “são 232 vagas para esses profissionais, atualmente preenchidas 132 por cubanos e 86 por brasileiros”.
“Além de todas as dificuldades que podem ser ocasionados com a saída dos médicos cubanos, que prestam serviços na atenção básica, com muito zelo e competência em Alagoas, ainda visualizamos impactos sociais muito profundos para a realidade de saúde do estado. Aproximadamente um sexto da população alagoana deixará de ser assistida por esses profissionais, ou seja, cerca 132 mil famílias”, diz a nota.
A nota encerra reforçando que a presença do programa é vital para o povo, “os quais podem ter sua população diretamente afetada, caso a medida se concretize”, e agradece o trabalho dos profissionais cubanos em contribuir com a saúde do povo brasileiro, principalmente o alagoano.
NOTA
Perder os Médicos Cubanos, nesse momento de incertezas nos recursos para a Saúde Pública, pode ser drástico e ter graves consequências para os municípios brasileiros.
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas – COSEMS/AL, lamenta profundamente o anúncio da interrupção abrupta da cooperação técnica entre a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Governo de Cuba, que possibilita o trabalho de em média 8.300 médicos cubanos no Programa Mais Médicos do Brasil, assistindo uma população aproximada de 25 milhões de brasileiros.
Em Alagoas, cerca de 528 mil pessoas podem ficar desassistidas, temporariamente, na Atenção Básica, caso seja confirmada a saída desses profissionais. Atualmente 70 municípios do estado possuem médicos do Programa Mais Médicos, são 232 vagas para esses profissionais, atualmente preenchidas 132 por cubanos e 86 por brasileiros.
Com a chegada desses profissionais, desde 2013, houve um grande avanço na assistência da atenção básica, alcançado pela ampliação da oferta de atendimento médico à população. No sertão alagoano, por exemplo, a grande maioria dos municípios estão conseguindo dar a assistência adequada à sua população, devido a efetiva presença do médico na Unidade Básica de Saúde – UBS, todos os dias da semana e nos dois horários.
Essa cobertura favorece o processo de trabalho da equipe da Saúde da Família, que consegue atender melhor a população e assim alcançar as metas e os indicadores, proporcionando uma assistência à saúde de melhor qualidade para a população. Dentre os indicadores que apresentaram melhora significativa desde a chegada do Mais Médicos; estão os relacionados ao pré-natal, mortalidade materno infantil e câncer de colo do útero. O Programa conseguiu uma redução nas internações hospitalares por causas sensíveis à Atenção Básica (AB), analisadas a partir do Sistema de Informações Hospitalares-SIH.
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, divulgado em 2016, apontou que o Mais Médicos, em municípios com até 10 mil habitantes, é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica. E, no caso de 1.100 municípios, o Mais Médicos representa 100% da cobertura de Atenção Básica, que é o caso da maioria dos municípios do Estado de Alagoas.
A avaliação da população sobre o Programa também é positiva. Uma pesquisa da UFMG/IPESPE apontou que 95% dos usuários disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a atuação do médico do Mais Médicos. Entre as razões dessa avaliação positiva, os pacientes afirmaram que a qualidade do atendimento melhorou, o médico é mais atencioso, a consulta agora resolve melhor seus problemas de saúde.
Além de todas as dificuldades que podem ser ocasionados com a saída dos médicos cubanos, que prestam serviços na atenção básica, com muito zelo e competência em Alagoas, ainda visualizamos impactos sociais muito profundos para a realidade de saúde do estado. Aproximadamente um sexto da população alagoana deixará de ser assistida por esses profissionais, ou seja, cerca 132 mil famílias.
Nestes cinco anos de trabalho, perto de 20 mil colaboradores cubanos ofereceram atenção médica a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3 mil 600 municípios, conseguindo atender eles um universo de até 60 milhões de brasileiros na altura em que constituíam 88 % de todos os médicos participantes no programa. Com o programa, mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história.
Nesse cenário e visando uma maior cobertura, incentivo e acesso da população aos profissionais médicos, o governo precisa implantar um plano de cargos e carreiras para os médicos da estratégia de saúde da família, os municípios precisam da manutenção do programa, pois garante permanência dos médicos nas unidades mais distantes, de difícil acesso, principalmente naquelas do interior em que há comunidade rural.
Assim, precisamos continuar defendendo o programa Mais Médicos, para que os municípios já penalizados não tenham que arcar com essa conta ou mesmo manter um serviço ainda mais deficitário à população.
Por todo o exposto, o COSEMS/AL defende o Programa Mais Médico e considera vital a permanência dos médicos cubanos, e se solidariza com todos os gestores dos municípios que possuem profissionais do Programa Mais Médicos, os quais podem ter sua população diretamente afetada, caso a medida se concretize.
Nós também, desde já, agradecemos toda a contribuição e altruísmo dos médicos cubanos pela assistência humanizada ao povo brasileiro e, principalmente, aos alagoanos.
Izabelle Monteiro Alcântara Pereira
Presidente
COSEMS/AL
Em nota, o COSEMS afirma que 528 mil pessoas podem ficar desassistidas na Atenção Básica. O “Mais médicos” atende 70 municípios do alagoanos, “são 232 vagas para esses profissionais, atualmente preenchidas 132 por cubanos e 86 por brasileiros”.
“Além de todas as dificuldades que podem ser ocasionados com a saída dos médicos cubanos, que prestam serviços na atenção básica, com muito zelo e competência em Alagoas, ainda visualizamos impactos sociais muito profundos para a realidade de saúde do estado. Aproximadamente um sexto da população alagoana deixará de ser assistida por esses profissionais, ou seja, cerca 132 mil famílias”, diz a nota.
A nota encerra reforçando que a presença do programa é vital para o povo, “os quais podem ter sua população diretamente afetada, caso a medida se concretize”, e agradece o trabalho dos profissionais cubanos em contribuir com a saúde do povo brasileiro, principalmente o alagoano.
NOTA
Perder os Médicos Cubanos, nesse momento de incertezas nos recursos para a Saúde Pública, pode ser drástico e ter graves consequências para os municípios brasileiros.
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas – COSEMS/AL, lamenta profundamente o anúncio da interrupção abrupta da cooperação técnica entre a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Governo de Cuba, que possibilita o trabalho de em média 8.300 médicos cubanos no Programa Mais Médicos do Brasil, assistindo uma população aproximada de 25 milhões de brasileiros.
Em Alagoas, cerca de 528 mil pessoas podem ficar desassistidas, temporariamente, na Atenção Básica, caso seja confirmada a saída desses profissionais. Atualmente 70 municípios do estado possuem médicos do Programa Mais Médicos, são 232 vagas para esses profissionais, atualmente preenchidas 132 por cubanos e 86 por brasileiros.
Com a chegada desses profissionais, desde 2013, houve um grande avanço na assistência da atenção básica, alcançado pela ampliação da oferta de atendimento médico à população. No sertão alagoano, por exemplo, a grande maioria dos municípios estão conseguindo dar a assistência adequada à sua população, devido a efetiva presença do médico na Unidade Básica de Saúde – UBS, todos os dias da semana e nos dois horários.
Essa cobertura favorece o processo de trabalho da equipe da Saúde da Família, que consegue atender melhor a população e assim alcançar as metas e os indicadores, proporcionando uma assistência à saúde de melhor qualidade para a população. Dentre os indicadores que apresentaram melhora significativa desde a chegada do Mais Médicos; estão os relacionados ao pré-natal, mortalidade materno infantil e câncer de colo do útero. O Programa conseguiu uma redução nas internações hospitalares por causas sensíveis à Atenção Básica (AB), analisadas a partir do Sistema de Informações Hospitalares-SIH.
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, divulgado em 2016, apontou que o Mais Médicos, em municípios com até 10 mil habitantes, é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica. E, no caso de 1.100 municípios, o Mais Médicos representa 100% da cobertura de Atenção Básica, que é o caso da maioria dos municípios do Estado de Alagoas.
A avaliação da população sobre o Programa também é positiva. Uma pesquisa da UFMG/IPESPE apontou que 95% dos usuários disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a atuação do médico do Mais Médicos. Entre as razões dessa avaliação positiva, os pacientes afirmaram que a qualidade do atendimento melhorou, o médico é mais atencioso, a consulta agora resolve melhor seus problemas de saúde.
Além de todas as dificuldades que podem ser ocasionados com a saída dos médicos cubanos, que prestam serviços na atenção básica, com muito zelo e competência em Alagoas, ainda visualizamos impactos sociais muito profundos para a realidade de saúde do estado. Aproximadamente um sexto da população alagoana deixará de ser assistida por esses profissionais, ou seja, cerca 132 mil famílias.
Nestes cinco anos de trabalho, perto de 20 mil colaboradores cubanos ofereceram atenção médica a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3 mil 600 municípios, conseguindo atender eles um universo de até 60 milhões de brasileiros na altura em que constituíam 88 % de todos os médicos participantes no programa. Com o programa, mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história.
Nesse cenário e visando uma maior cobertura, incentivo e acesso da população aos profissionais médicos, o governo precisa implantar um plano de cargos e carreiras para os médicos da estratégia de saúde da família, os municípios precisam da manutenção do programa, pois garante permanência dos médicos nas unidades mais distantes, de difícil acesso, principalmente naquelas do interior em que há comunidade rural.
Assim, precisamos continuar defendendo o programa Mais Médicos, para que os municípios já penalizados não tenham que arcar com essa conta ou mesmo manter um serviço ainda mais deficitário à população.
Por todo o exposto, o COSEMS/AL defende o Programa Mais Médico e considera vital a permanência dos médicos cubanos, e se solidariza com todos os gestores dos municípios que possuem profissionais do Programa Mais Médicos, os quais podem ter sua população diretamente afetada, caso a medida se concretize.
Nós também, desde já, agradecemos toda a contribuição e altruísmo dos médicos cubanos pela assistência humanizada ao povo brasileiro e, principalmente, aos alagoanos.
Izabelle Monteiro Alcântara Pereira
Presidente
COSEMS/AL
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