BNDES vai lançar edital de R$ 25 milhões para apoio a museus

Por O Globo 04/09/2018 21h09 - Atualizado em 05/09/2018 00h12
Por O Globo 04/09/2018 21h09 Atualizado em 05/09/2018 00h12
BNDES vai lançar edital de R$ 25 milhões para apoio a museus
Foto: Fabiano Rocha / O GLOBO
Após críticas sobre a falta de repasses federais para a preservação de acervos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai lançar um novo edital no valor de R$ 25 milhões para patrocinar projetos de segurança, prevenção contra incêndios e modernização de instalação de museus e instituições para a proteção do patrimônio histórico.

O anúncio ocorreu dois dias após um incêndio de grandes proporções destruir o Museu Nacional, o mais antigo do país. O edital será viabilizado pela Lei Rouanet e qualquer instituição pública ou privada que esteja responsável pela preservação de acervos do patrimônio cultural nacional pode se inscrever. A previsão é de que o edital fique pronto até o final deste mês de setembro.

A decisão foi tomada em reunião ampla que contou com a presença do presidente Michel Temer, dos ministros da Cultura, Educação e Casa Civil, e presidentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, explicou que os recursos serão disponibilizados como doações e que o edital visa prevenir e evitar novos episódios como o que aconteceu na noite de domingo com o Museu Nacional:

— Essa ação visa a prevenir e evitar novos episódios dessa natureza. O edital será para todas as instituições que têm acervo e focado em ações voltadas para a segurança e proteção desse patrimônio. Não é empréstimo, são doações que o BNDES faz e que estão abarcadas pela Lei Rouanet — afirmou Dyogo Oliveira.

Segundo ele, o presidente Michel Temer determinou que outros bancos públicos também viabilizem editais com a mesma função. Nesta quarta-feira, Temer se reunirá com outros bancos e empresas interessadas em contribuir.

— O presidente Temer determinou que outros bancos acompanhem esse movimento e isso será objeto de sugestão pata outras empresas públicas e privadas — concluiu.