Incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, no Rio de Janeiro

Por G1 RJ 02/09/2018 21h09 - Atualizado em 03/09/2018 00h12
Por G1 RJ 02/09/2018 21h09 Atualizado em 03/09/2018 00h12
Incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução TV Globo
Um incêndio de grandes proporções destrói o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. O fogo começou por volta das 19h30 deste domingo (2) e até a última atualização desta reportagem seguia destruindo as instalações da instituição criada completou 200 anos em 2018.

Segundo a assessoria de imprensa do museu, não há feridos. Quatro vigilantes estavam no local, mas conseguiram sair a tempo. As causas do fogo, que começou após o fechamento para a visitantes, ainda serão investigadas.

Calcula-se que o acervo tenha cerca de 20 milhões de itens, que estão sendo destruídos pelo fogo.

Em reportagem recente, a GloboNews mostrou a falta de estrutura que afetava o Museu Nacional, que necessitava de várias reformas

“O fogo está comendo todo o Museu Nacional, completamente. Eu vi uma fumaça saindo e depois começaram as chamas. Está completamente tomado o Museu Nacional. Eu ouvi o carro do Corpo de Bombeiros na Quinta da Boa Vista. Olhando de frente para o museu, o fogo começou do lado direito. Apagaram a luz do parque. Está pegando muito fogo mesmo”, disse a moradora Sylvia Guimarães.

Dois séculos de história
O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação. A instituição foi criada por D. João VI, em 6 de junho de 1818.

Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem perfil acadêmico e científico.

O museu contém um acervo histórico desde a época do Brasil Império. Destacam-se em exposição:

o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de "Luzia", pode ser apreciado na coleção de Antropologia Biológica, entre outros;
a coleção egípcia, que começou a ser adquirida pelo imperador Dom Pedro I;
a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina;
as coleções de Paleontologia que incluem o Maxakalisaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais.