Criança com farda da PM e arma de pressão é levada para delegacia do DF
Uma criança de 10 anos foi "detida" com o pai e levada a uma delegacia do Distrito Federal, nesta terça-feira (30), por estar fardada com o uniforme completo do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar. Além disso, o menino também carregava uma arma de pressão, do tipo "airsoft".
A dona de casa Glaucia da Costa Silva, 31 anos, contou ao G1 que levou o filho e o marido ao hospital público de Ceilândia como acompanhantes, enquanto buscava atendimento médico. Lá, a confusão começou porque um vigilante questionou as vestes e a arma ostentada pelo garoto.
"O vigilante chamou um policial, que já veio alterado. Ele pegou pelo braço do meu filho e disse: 'Me dá essa arma que eu estou mandando'", disse Glaucia.
Segundo a mãe, a arma foi comprada "legalmente" e o documento da aquisição está guardado. Em 2013, o governo do DF proibiu a fabricação, distribuição e comercialização de armas de brinquedo e réplicas de armas de fogo. No entanto, a restrição não inclui armas de pressão, em especial as de ar comprimido, airsoft e paintball.
Procurada, a PM informou que o policial militar que participou da ocorrência foi ao local após ser solicitado por um funcionário do hospital. No chamado, o funcionário descreveu que havia uma criança portando a réplica de uma arma, e isso estava causando certo temor aos pacientes do local.
"O policial solicitou ao pai que recolhesse [guardasse] o objeto. Não houve qualquer queixa ou censura quanto à criança vestir a farda", afirmou a corporação.
Discussão e algemas
Ainda de acordo com Glaucia, o marido - o desenhista Eduardo de Jesus Pereira - ainda tentou argumentar com o policial militar, dizendo que o filho é conhecido pela própria corporação por exibir, nas redes sociais, trajes das forças especiais da PM.
Em resposta, o policial disse que a conduta era ilegal e deu voz de prisão ao desenhista. O pai chegou a ser algemado em uma pilastra do hospital, segundo a mulher.
"O policial xingou meu marido. Quando me dei conta, tinham uns 30 PMs lá. Me senti horrorizada, humilhada. Meu marido não é bandido, por que fazer uma coisa dessa com ele e com o meu menino?"
Os militares levaram o pai para a 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), e a criança, para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O G1 entrou em contato com a Polícia Civil, mas não obteve resposta sobre o caso até a publicação desta reportagem.
A mãe do garoto disse que o filho gosta de usar fardas da Polícia Militar desde os 6 anos e que o menino tinha grande admiração pela corporação, mas, agora, está "desolado".
"Ele falou que não quer mais usar as roupas da PM. Ele está em pânico".
A dona de casa Glaucia da Costa Silva, 31 anos, contou ao G1 que levou o filho e o marido ao hospital público de Ceilândia como acompanhantes, enquanto buscava atendimento médico. Lá, a confusão começou porque um vigilante questionou as vestes e a arma ostentada pelo garoto.
"O vigilante chamou um policial, que já veio alterado. Ele pegou pelo braço do meu filho e disse: 'Me dá essa arma que eu estou mandando'", disse Glaucia.
Segundo a mãe, a arma foi comprada "legalmente" e o documento da aquisição está guardado. Em 2013, o governo do DF proibiu a fabricação, distribuição e comercialização de armas de brinquedo e réplicas de armas de fogo. No entanto, a restrição não inclui armas de pressão, em especial as de ar comprimido, airsoft e paintball.
Procurada, a PM informou que o policial militar que participou da ocorrência foi ao local após ser solicitado por um funcionário do hospital. No chamado, o funcionário descreveu que havia uma criança portando a réplica de uma arma, e isso estava causando certo temor aos pacientes do local.
"O policial solicitou ao pai que recolhesse [guardasse] o objeto. Não houve qualquer queixa ou censura quanto à criança vestir a farda", afirmou a corporação.
Discussão e algemas
Ainda de acordo com Glaucia, o marido - o desenhista Eduardo de Jesus Pereira - ainda tentou argumentar com o policial militar, dizendo que o filho é conhecido pela própria corporação por exibir, nas redes sociais, trajes das forças especiais da PM.
Em resposta, o policial disse que a conduta era ilegal e deu voz de prisão ao desenhista. O pai chegou a ser algemado em uma pilastra do hospital, segundo a mulher.
"O policial xingou meu marido. Quando me dei conta, tinham uns 30 PMs lá. Me senti horrorizada, humilhada. Meu marido não é bandido, por que fazer uma coisa dessa com ele e com o meu menino?"
Os militares levaram o pai para a 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), e a criança, para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O G1 entrou em contato com a Polícia Civil, mas não obteve resposta sobre o caso até a publicação desta reportagem.
A mãe do garoto disse que o filho gosta de usar fardas da Polícia Militar desde os 6 anos e que o menino tinha grande admiração pela corporação, mas, agora, está "desolado".
"Ele falou que não quer mais usar as roupas da PM. Ele está em pânico".
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