Um casal de Carmo do Cajuru, no Centro-Oeste de Minas Gerais, é a prova de que para o amor acontecer não tem hora e nem lugar. Há três anos Maria de Lurdes Matias, de 62 anos, e Osvaldo Cândido de Souza, de 58, se conheceram em um asilo da cidade e, desde então, são namorados. Em abril deste ano a união foi oficializada com um noivado e agora a expectativa dos dois é a realização do casamento.

Lurdinha, como gosta de ser chamada, é viúva, mãe de duas filhas e tem sete netos. A direção da Vila Vicentina conta que em agosto de 2014 ela foi encontrada na porta da instituição pelo vice-presidente do local. Na ocasião Lurdinha fazia uso de bebida alcoólica e, além disso, eram nítidas as sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Diante da situação ela foi acolhida no asilo onde mora até hoje.

A direção da unidade conta que Osvaldo tem três irmãos e chegou à Vila Vicentina um mês depois de Lurdinha. O idoso era caseiro de uma fazenda onde morava e, por conta da dependência alcoólica, teve uma paralisia nas pernas que o impossibilitou de andar. A família então decidiu buscar auxilio na Vila, já sabendo do trabalho fisioterapêutico desenvolvido na instituição. Após um período em tratamento, ele voltou a andar e dispensou utensílios como andador, bengala ou muleta.

Os dois moradores se aproximaram um do outro no mesmo ano. E a proximidade aumentava a cada dia. Em setembro de 2016 Lurdinha comunicou aos colaboradores da instituição que estava namorando com Osvaldo e que pretendiam se casar.

No último mês, uma equipe de voluntários realizou uma cerimônia com tudo que se tem direito para oficializar a união do casal. Mas, foi apenas o noivado dos dois que agora preparam para celebrar o amor com uma cerimônia de casamento.

Vila Vicentina
A Vila Obras Assistenciais Padre Augusto Cerdeira, da Unidade da Sociedade São Vicente de Paulo, em Carmo do Cajuru, está situada na Rua Dona Eliza Nogueira Gontijo nº 337, no Bairro Tupy.

Hoje a Instituição acolhe 60 idosos que contam com moradia, alimentação, acompanhamento médico, psicológico e fisioterapêutico, cujo trabalho é diariamente fortalecido pelo apoio da comunidade da cidade e região que se sensibilizam com a causa e contribuem direta ou indiretamente com diversas formas de doações.
 

Casal de idosos de Carmo do Cajuru comemora o Dia dos Namorados no asilo (Foto: Elisângela Alves/Divulgação)