Projeto “Cisternas na escola” transforma o cenário de unidades localizadas na zona rural de Arapiraca
O cenário começa a mudar em escolas localizadas na zona rural de Arapiraca, com a implantação do projeto “Cisternas na escola”. Sem rede pública de abastecimento de água, unidades escolares que dependem das águas da chuva ou da fornecida pelos carros pipas, disponibilizados pelo município, passam a contar com a cisterna para garantir o armazenamento de 56 mil litros de água, o suficiente para abastecer cada unidade por até oito meses.
O projeto tem um significado especial porque possibilita o pleno funcionamento das escolas, garantindo água, mesmo nos períodos de longas estiagens. O “Cisternas na escola” é fruto de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (FDS) e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). Em Alagoas, a instituição mantenedora é a Associação de Agricultores Alternativos (Aagra).
Segundo dados da ASA, 45,6% da área de Alagoas é caracterizada como semiárido. Nela estão inseridos 38 cidades, entre elas, Arapiraca. Que atualmente tem 14 escolas municipais beneficiadas com o “Cisternas na escola”. Do total, cinco já estão instaladas e funcionando, as demais serão entregues em março.
Escolas Municipais: Ana Bernardes (Serra dos Ferreiras), Manoel Rodrigues (Massaranduba), Creche Sebastiana Bezerra (Mangabeiras), Lourenço de Almeida (anexo em Taquara), Benjamin Felisberto da Silva (Povoado Gruta D´Água), João Carlos de Souza (Pé-Leve Velho), Pedro Aristides (Alazão), Jany Camelo Lima (Capim), Lindinalva Eulália (Baixa Grande de Cima), Creche Vicente Barbosa (Vila São Francisco), Escola Cônego Epitácio (Vila São Francisco), Creche Comunitária do Poção (Poção), Escola Ana Bernardes (Serra dos Ferreiros) e Creche Barbosa Magalhães (Vila São Francisco).
Cisterna que transforma
A escassez de água representa prejuízos para os alunos. Segundo Sheylla Kátia Lira Fausto, diretora da Escola Professor Lourenço de Almeida, localizada no Sítio Bálsamo, sem água não há como manter os serviços essenciais da escola, a exemplo da merenda, limpeza e consumo para beber.
“Mesmo recebendo água do carro pipa do município, nem sempre a quantidade era suficiente até a próxima entrega. Por isso, muitas vezes, as aulas tiveram que ser canceladas. Com a cisterna, a capacidade de armazenamento é suficiente para vários meses. Graças a Deus a nossa escola foi inserida nesse projeto”, comemora a professora.
Ainda de acordo com Sheylla Kátia, quando aulas são canceladas o problema não se restringe apenas ao atraso do conteúdo disciplinar, muitos desses alunos são carentes de recursos financeiros e contam diariamente com a merenda escolar, um dos fatores motivadores para a permanência deles no local.
Quem acompanha de perto a realidade das comunidades rurais, a exemplo da pedagoga Edinalva Pinheiro, que também é formadora do projeto “Cisternas na escola”, através da Rede de Educação do Agreste e Semiárido Alagoano (Recasa), enxerga com entusiasmo a implantação do projeto, que conta com a essencial parceria do município, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esportes.
“Com essa nova perspectiva encerra-se um cenário de escassez de água nas escolas rurais. A ação tem impacto direto no aprendizado e bem-estar dos alunos, que passam a não somente ter água e alimentação de qualidade, mas também participam de aulas contextualizadas. O objetivo é despertar o conceito da educação para a convivência com o semiárido, gerando conhecimento e engajamento entre alunos, professores e a própria comunidade”, afirmou Edinalva Pinheiro.
O projeto e o município
Para serem contempladas com o projeto, as escolas tiveram que seguir algumas exigências, desde estrutura física para receber as cisternas, manutenção e participação dos gestores em cursos e fóruns, destinados a debaterem o tema do abastecimento de água e serem multiplicadores de conhecimento para alunos e comunidade local.
Segundo Edinalva Pinheiro, formadora do projeto, a pretensão é, a partir dele, trabalhar a Educação no Campo. “Baseada em pesquisas, trabalhar a realidade local é uma meta. Com água na escola é possível implementar outros projetos voltados para a valorização do campo e a convivência com o semiárido”, afirmou.
De acordo com a pedagoga, a experiência já pode ser observada na Escola Benjamin Felisberto da Silva, localizado no povoado Gruta D’Água, onde os alunos participam de todo o processo do cultivo de uma horta. Desde o plantio, cuidados, colheita e preparo dos alimentos destinados a complementar a merenda.
Mônica Leônia Pessoa, secretária Municipal de Educação e Esporte, já esteve visitando a Escola Benjamin Felisberto da Silva, a exemplo de outras unidades de ensino. “A ideia é ir conhecendo a realidade das escolas municipais e os projetos de cada uma, valorizando seus potenciais e estimulando a construção de uma educação mais participativa, com gestores, pais, alunos e comunidade”, enfatizou a secretária.
O projeto tem um significado especial porque possibilita o pleno funcionamento das escolas, garantindo água, mesmo nos períodos de longas estiagens. O “Cisternas na escola” é fruto de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (FDS) e a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). Em Alagoas, a instituição mantenedora é a Associação de Agricultores Alternativos (Aagra).
Segundo dados da ASA, 45,6% da área de Alagoas é caracterizada como semiárido. Nela estão inseridos 38 cidades, entre elas, Arapiraca. Que atualmente tem 14 escolas municipais beneficiadas com o “Cisternas na escola”. Do total, cinco já estão instaladas e funcionando, as demais serão entregues em março.
Escolas Municipais: Ana Bernardes (Serra dos Ferreiras), Manoel Rodrigues (Massaranduba), Creche Sebastiana Bezerra (Mangabeiras), Lourenço de Almeida (anexo em Taquara), Benjamin Felisberto da Silva (Povoado Gruta D´Água), João Carlos de Souza (Pé-Leve Velho), Pedro Aristides (Alazão), Jany Camelo Lima (Capim), Lindinalva Eulália (Baixa Grande de Cima), Creche Vicente Barbosa (Vila São Francisco), Escola Cônego Epitácio (Vila São Francisco), Creche Comunitária do Poção (Poção), Escola Ana Bernardes (Serra dos Ferreiros) e Creche Barbosa Magalhães (Vila São Francisco).
Cisterna que transforma
A escassez de água representa prejuízos para os alunos. Segundo Sheylla Kátia Lira Fausto, diretora da Escola Professor Lourenço de Almeida, localizada no Sítio Bálsamo, sem água não há como manter os serviços essenciais da escola, a exemplo da merenda, limpeza e consumo para beber.
“Mesmo recebendo água do carro pipa do município, nem sempre a quantidade era suficiente até a próxima entrega. Por isso, muitas vezes, as aulas tiveram que ser canceladas. Com a cisterna, a capacidade de armazenamento é suficiente para vários meses. Graças a Deus a nossa escola foi inserida nesse projeto”, comemora a professora.
Ainda de acordo com Sheylla Kátia, quando aulas são canceladas o problema não se restringe apenas ao atraso do conteúdo disciplinar, muitos desses alunos são carentes de recursos financeiros e contam diariamente com a merenda escolar, um dos fatores motivadores para a permanência deles no local.
Quem acompanha de perto a realidade das comunidades rurais, a exemplo da pedagoga Edinalva Pinheiro, que também é formadora do projeto “Cisternas na escola”, através da Rede de Educação do Agreste e Semiárido Alagoano (Recasa), enxerga com entusiasmo a implantação do projeto, que conta com a essencial parceria do município, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Esportes.
“Com essa nova perspectiva encerra-se um cenário de escassez de água nas escolas rurais. A ação tem impacto direto no aprendizado e bem-estar dos alunos, que passam a não somente ter água e alimentação de qualidade, mas também participam de aulas contextualizadas. O objetivo é despertar o conceito da educação para a convivência com o semiárido, gerando conhecimento e engajamento entre alunos, professores e a própria comunidade”, afirmou Edinalva Pinheiro.
O projeto e o município
Para serem contempladas com o projeto, as escolas tiveram que seguir algumas exigências, desde estrutura física para receber as cisternas, manutenção e participação dos gestores em cursos e fóruns, destinados a debaterem o tema do abastecimento de água e serem multiplicadores de conhecimento para alunos e comunidade local.
Segundo Edinalva Pinheiro, formadora do projeto, a pretensão é, a partir dele, trabalhar a Educação no Campo. “Baseada em pesquisas, trabalhar a realidade local é uma meta. Com água na escola é possível implementar outros projetos voltados para a valorização do campo e a convivência com o semiárido”, afirmou.
De acordo com a pedagoga, a experiência já pode ser observada na Escola Benjamin Felisberto da Silva, localizado no povoado Gruta D’Água, onde os alunos participam de todo o processo do cultivo de uma horta. Desde o plantio, cuidados, colheita e preparo dos alimentos destinados a complementar a merenda.
Mônica Leônia Pessoa, secretária Municipal de Educação e Esporte, já esteve visitando a Escola Benjamin Felisberto da Silva, a exemplo de outras unidades de ensino. “A ideia é ir conhecendo a realidade das escolas municipais e os projetos de cada uma, valorizando seus potenciais e estimulando a construção de uma educação mais participativa, com gestores, pais, alunos e comunidade”, enfatizou a secretária.
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