Vazamento de nude de sargento da PM causa polêmica na corporação
Um sargento da Polícia Militar, lotado no Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do Batalhão de Choque, do Distrito Federal, tenta com colegas da corporação descobrir o responsável por uma montagem que causou polêmica nas redes sociais.
Alguém pegou uma foto do militar fardado e colocou ao lado de outra imagem em que ele aparece nu, cobrindo-se com as mãos. Ele mandou um áudio a outros integrantes da corporação, em que pede prints com os nomes de pessoas que compartilharem a imagem.
A fotografia original foi feita pelo próprio sargento. Na imagem, em preto e branco, ele aparece ao lado da mulher, ambos nus, um de costas para o outro, cobrindo os mamilos. A foto foi publicada em um perfil do sargento, que também é fotógrafo, nas redes sociais. A página também era visitada por outros fotógrafos. A pessoa responsável pela montagem cobriu a esposa do sargento antes de repassá-la.
Alguém pegou uma foto do militar fardado e colocou ao lado de outra imagem em que ele aparece nu, cobrindo-se com as mãos. Ele mandou um áudio a outros integrantes da corporação, em que pede prints com os nomes de pessoas que compartilharem a imagem.
A fotografia original foi feita pelo próprio sargento. Na imagem, em preto e branco, ele aparece ao lado da mulher, ambos nus, um de costas para o outro, cobrindo os mamilos. A foto foi publicada em um perfil do sargento, que também é fotógrafo, nas redes sociais. A página também era visitada por outros fotógrafos. A pessoa responsável pela montagem cobriu a esposa do sargento antes de repassá-la.
No áudio enviado pelo sargento a colegas, ele destaca que “não tinha nada a esconder”, e que o perfil era aberto, mas que, depois do ocorrido, não será mais público. “Seguinte, vou te fazer um resumo e você repassa pra quem acha que deve repassar. Eu já estou o dia inteiro falando nisso. Essa foto é de um perfil de fotógrafo que eu tenho. Eu trabalho com fotografia há um certo tempo. Tenho o meu perfil para amigos que são fotógrafos também. Ele era aberto. Eu não tinha nada a esconder de ninguém, o perfil está lá aberto”, afirmou.
Em seguida, o sargento se queixa da montagem, que, ele acredita, foi feita por colegas. “Mas algum PM achou o perfil e achou por bem pegar uma foto minha e fazer essa montagem. O comandante do Batalhão viu, não gostou, me chamou, perguntei o que tinha feito. Se tinha sido eu que que tinha feito essa montagem. Eu falei que não. (...) Ele me passou que vai atrás de quem fez a montagem e quem está a compartilhar, e vai punir, porque está denegrindo a imagem da corporação e do batalhão em si”, contou.
"Se você, ou alguém, souber de alguém em algum grupo que está compartilhando essa foto, tire um print, mande pra mim, que eu vou mandar a quem é de direito. Quanto a mim, estou supertranquilo. Não devo nada a ninguém. Até o momento, o perfil era público, (...) mas, a partir do momento que vincularam a minha foto a uma foto minha fardado, expondo a corporação, a coisa já muda de figura (...). Então, se souber de alguém que esteja compartilhando isso aí, pode dar o print que vai ser procedido da forma devida", solicitou.
Decoro
A corporação vai investigar o caso do sargento, na tentativa de descobrir o autor da montagem e o responsável pela divulgação. A vítima não foi punida. A reportagem procurou a assessoria da PM por e-mail, WhatsApp e telefone, e também tentou conversar com o tenente-coronel Carlos Renato Machado Paim, chefe do Batalhão de Choque, mas não obteve resposta.
O incidente ocorreu cerca de 10 dias depois que o alto escalão da corporação enviou uma circular orientando os militares sobre como se portarem nas redes sociais. O documento foi assinado pelo chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar, coronel Alexandre Ferro, e observa uma portaria de 2015, que normatiza o comportamento de militares nas redes sociais.
Consta no documento que, "em 17 de novembro de 2015, foi editada a Portaria PMDF número 986, a qual traz recomendações gerais aos Policiais Militares do Distrito Federal quanto ao uso da internet, bem como das redes sociais de uma maneira geral".
"Convém salientar que a prática de conduta inapropriada ou de violação às recomendações aprovadas por esta Portaria poderá ensejar apuração e a responsabilização, sob o aspecto ético-disciplinar, criminal e cível, conforme o caso, uma vez que alguns policiais tem confundido o direito constitucional de liberdade de expressão e manifestação do pensamento, com ofensas à hierarquia, à disciplina, à ética, à moral, (…) e em certos casos, tecendo comentários contra a corporação, seus superiores, pares, subordinados, ou contra o próprio serviço policial militar, seja por meio da internet ou das redes sociais."
Confira o depoimento completo:
"Seguinte, vou te fazer um resumo e você repassa pra quem acha que deve repassar. Eu já estou o dia inteiro falando nisso. Essa foto é de perfil de fotógrafo que eu tenho. Eu trabalho com fotografia a um certo tempo. Tenho o meu perfil para amigos que são fotógrafos também. Ele era aberto. Eu não tinha nada a esconder de ninguém, o perfil está lá aberto. Mas, algum PM achou o perfil e achou por bem pegar uma foto minha e fazer essa montagem. O comandante do batalhão viu, não gostou, me chamou, perguntei que tinha feito. Se tinha sido eu que tinha feito essa montagem. Eu falei que não. Claro que não. Não fui eu que fiz a montagem. Ele me passou que vai atrás de quem fez a montagem e quem está compartilhar, e vai punir porque está denegrindo a imagem da corporação e do batalhão em si. Se você, ou alguém, souber de alguém em algum grupo que está compartilhando essa foto, tire um print, mande pra mim, que eu vou mandar a quem é de direito.
Quanto a mim, estou super-tranquilo. Não devo nada a ninguém. Até o momento o perfil era público, pois não tenho nada a esconder de ninguém. mas, a partir do momento que vincularam a minha foto a uma foto minha fardado, expondo a corporação, a coisa já muda de figura e vai para as altas esferas. Então, se souber de alguém que esteja compartilhando isso aí, pode ar o print que vai ser procedido da forma devida."
Em seguida, o sargento se queixa da montagem, que, ele acredita, foi feita por colegas. “Mas algum PM achou o perfil e achou por bem pegar uma foto minha e fazer essa montagem. O comandante do Batalhão viu, não gostou, me chamou, perguntei o que tinha feito. Se tinha sido eu que que tinha feito essa montagem. Eu falei que não. (...) Ele me passou que vai atrás de quem fez a montagem e quem está a compartilhar, e vai punir, porque está denegrindo a imagem da corporação e do batalhão em si”, contou.
"Se você, ou alguém, souber de alguém em algum grupo que está compartilhando essa foto, tire um print, mande pra mim, que eu vou mandar a quem é de direito. Quanto a mim, estou supertranquilo. Não devo nada a ninguém. Até o momento, o perfil era público, (...) mas, a partir do momento que vincularam a minha foto a uma foto minha fardado, expondo a corporação, a coisa já muda de figura (...). Então, se souber de alguém que esteja compartilhando isso aí, pode dar o print que vai ser procedido da forma devida", solicitou.
Decoro
A corporação vai investigar o caso do sargento, na tentativa de descobrir o autor da montagem e o responsável pela divulgação. A vítima não foi punida. A reportagem procurou a assessoria da PM por e-mail, WhatsApp e telefone, e também tentou conversar com o tenente-coronel Carlos Renato Machado Paim, chefe do Batalhão de Choque, mas não obteve resposta.
O incidente ocorreu cerca de 10 dias depois que o alto escalão da corporação enviou uma circular orientando os militares sobre como se portarem nas redes sociais. O documento foi assinado pelo chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar, coronel Alexandre Ferro, e observa uma portaria de 2015, que normatiza o comportamento de militares nas redes sociais.
Consta no documento que, "em 17 de novembro de 2015, foi editada a Portaria PMDF número 986, a qual traz recomendações gerais aos Policiais Militares do Distrito Federal quanto ao uso da internet, bem como das redes sociais de uma maneira geral".
"Convém salientar que a prática de conduta inapropriada ou de violação às recomendações aprovadas por esta Portaria poderá ensejar apuração e a responsabilização, sob o aspecto ético-disciplinar, criminal e cível, conforme o caso, uma vez que alguns policiais tem confundido o direito constitucional de liberdade de expressão e manifestação do pensamento, com ofensas à hierarquia, à disciplina, à ética, à moral, (…) e em certos casos, tecendo comentários contra a corporação, seus superiores, pares, subordinados, ou contra o próprio serviço policial militar, seja por meio da internet ou das redes sociais."
Confira o depoimento completo:
"Seguinte, vou te fazer um resumo e você repassa pra quem acha que deve repassar. Eu já estou o dia inteiro falando nisso. Essa foto é de perfil de fotógrafo que eu tenho. Eu trabalho com fotografia a um certo tempo. Tenho o meu perfil para amigos que são fotógrafos também. Ele era aberto. Eu não tinha nada a esconder de ninguém, o perfil está lá aberto. Mas, algum PM achou o perfil e achou por bem pegar uma foto minha e fazer essa montagem. O comandante do batalhão viu, não gostou, me chamou, perguntei que tinha feito. Se tinha sido eu que tinha feito essa montagem. Eu falei que não. Claro que não. Não fui eu que fiz a montagem. Ele me passou que vai atrás de quem fez a montagem e quem está compartilhar, e vai punir porque está denegrindo a imagem da corporação e do batalhão em si. Se você, ou alguém, souber de alguém em algum grupo que está compartilhando essa foto, tire um print, mande pra mim, que eu vou mandar a quem é de direito.
Quanto a mim, estou super-tranquilo. Não devo nada a ninguém. Até o momento o perfil era público, pois não tenho nada a esconder de ninguém. mas, a partir do momento que vincularam a minha foto a uma foto minha fardado, expondo a corporação, a coisa já muda de figura e vai para as altas esferas. Então, se souber de alguém que esteja compartilhando isso aí, pode ar o print que vai ser procedido da forma devida."
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