Ossada encontrada pode ser de nova vítima dos canibais de Garanhuns

Por Leia Já 18/06/2016 11h11 - Atualizado em 18/06/2016 14h02
Por Leia Já 18/06/2016 11h11 Atualizado em 18/06/2016 14h02
Ossada encontrada pode ser de nova vítima dos canibais de Garanhuns
Foto: Leia Já
 Uma ossada foi encontrada, na tarde da quinta-feira (16), no Bairro de Liberdade, em Garanhuns, no Agreste pernambucano, ao lado da casa em que moravam Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, conhecidos como os Canibais de Garanhuns. Ao lado dos ossos foram encontradas restos de roupas de criança – um pequeno short e restos do que parece ter sido uma camiseta.

Segundo nota à imprensa emitida pelo delegado de Garanhuns João Lins, os moradores informaram que a ossada foi encontrada durante a abertura de um buraco para a instalação de um poste de energia elétrica. “A pequena quantidade e a dimensão dos ossos, colhidos no local pela equipe da 22ª DPH (Delegacia de Polícia de Homicídios), não permitem concluir, por agora, que se tratam de restos humanos, fazendo-se imprescindível a realização de perícia pelo IML”, diz o texto.

Até o momento, segundo o delegado, não foram encontrados ossos como crânio, fêmur, úmero, falanges, ilío, entre outros, que pudessem concluir pertencer a um ser humano. A polícia aguarda o resultado da perícia do IML. Os canibais já são apontados como responsáveis pela morte de três mulheres – não há registro de criança entre as vítimas.

O trio voltou a ser notícia no mês de maio com a confirmação de que vão passar por novo júri popular por morte, esquartejamento, ocultação de cadáver e prática de canibalismo de Gisele Helena da Silva e Alexandra da Silva Falcão. O crime ocorreu em 2012 em Garanhuns.

Eles já foram condenados pela morte de Jéssica Camilla, ocorrida em 2008, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Jorge Negromonte foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão em regime fechado mais um ano e seis meses em semiaberto ou aberto. Isabel e Bruna pegaram 19 anos de regime fechado e um ano e seis meses de regime semiaberto ou aberto.

A Justiça concluiu que os condenados atraíam as vítimas e Jorge Negromonte cometia o assassinato com golpe de arma branca. Com a carne humana, eles chegaram a confeccionar o recheio de empadas que eram vendidas na cidade do Agreste.